segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O crocodilo espreita.


O crocodilo espreita .

Os professores andam anestesiados, tristes, revoltados, cabeça baixa e lembram-me formiguinhas a serem esmagadas por bota pesada. Nunca a alienação pelo trabalho foi tão longe nas escolas, nunca a escravização e proletarização estiveram tão perto e, que fazem alguns professores, alheios a tudo isto? Trabalham mais que antes, muito mais que antes, à espera duma avaliação altíssima que os faça entrar no reino dos céus. Será mesmo?! Pobres coitados, como tenho pena deles, ainda não perceberam que serão “comidos”. Lembram-se dos conciliadores e oportunistas que, ao atravessar um rio cheio de crocodilos, enquanto outros morriam lutando, iam alimentando os “monstros”, na esperança de sobreviverem e terem um lugar ao sol. Sabem o que lhes aconteceu? - Ficaram para a sobremesa, mas foram devorados, literalmente devorados, pereceram, tristemente e sem história, numa negação de vida e de honra, própria, bem própria de todos os oportunistas e conciliadores de meia-tijela. Por isso, se vos posso dar um conselho, é este: despejem-se de vãs ilusões e juntem-se à luta, ela rebentará, mais dia, menos dia, mais mês menos mês.
Entre os que alimentaram o crocodilo, há uns quantos Directores, que, agora, em desespero de oportunismo procuram uma margem segura para se abrigarem, por onde andaram, que fizeram? Nenhuma das reformas da Milú os incomodou, foram fiéis e acérrimos serventuários da ofensiva contra a escola pública e contra os professores. “Mais papistas que o papa”, não hesitaram em perseguir quem pensa diferente. A tutela era o seu Deus. Por estes dias, navegam sem destino, sem honra, desaustinados, mais baralhados que nunca, o crocodilo vai cercando a barca do poder. Destes não tenho pena. - “ Croco”! Avança rápido e forte para que nas tuas mandíbulas pereça a vil tirania! As tuas lágrimas não mais serão de crocodilo, mas sim, um compósito de sem carácter e sem vergonha, nauseabundo, muito nauseabundo. E, quando o teu cheiro não for mais suportável, morrerás às mãos dos professores em luta.

Revolução na escola. Será ? ( CLICA AQUI !)
E, não se esqueçam, amanhã é longe demais ...