terça-feira, 22 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS !


NO CORAÇÃO DA ESCOLA deseja a todos os amigos e visitantes um BOM NATAL e um FELIZ ANO NOVO !
Festas !

É tempo de festejarmos, de estar com familiares e amigos, mas também é, deve ser tempo de reflexão, de introspecção, de nos recolhermos e reencontrarmos com o mais profundo de nós, com o lado mais sublime e silencioso que nos dá alento. Nestes breves dias que temos pela frente (pela minha parte, sem computador, sem internet) sem escola, sem horários, sem tropelias administrativas, mergulhemos nas palavras, no seu ser, no seu significado, na razão de serem ditas, escritas, silenciadas, omitidas e mais que tudo: vividas. Pensemos com elas, com o(s) seu(s) significado(s). Naveguemos para lá dos sonhos, para lá do impossível, bem para lá do que parece óbvio, só assim nos entenderemos, só assim compreenderemos a vida e o outro lado dos vários caminhos que podíamos seguir, mas que não escolhemos. Procuremos o porquê? E, para quê? Só, deste modo, a festa, a recreação faz sentido, aliviarmo-nos para sermos. Parece demasiada filosofia, se calhar até nem é, há dias assim, ficamos um pouco avariados, como o tempo. Afinal, o que eu quero é desejar-vos BOAS FESTAS! Sem restrições, mas pensando muito em serem felizes, em aproveitarem a vida e o melhor que ela tem. Intriguem-se, despertem, meus amigos a vida está aí para ser vivida, reflectida, porque como escreveu Vergílio Ferreira:
Quando estiveres cansado de olhar uma flor, uma criança, uma pedra, quando estiveres cansado ou distraído de ouvir um pássaro a explicar o ser, quando te não intrigar o existirem coisas e numa noite de céu limpo nenhuma estrela te dirigir a palavra, quando estiveres farto de saberes que não existes e não souberes que existes, quando não reparares que nunca reparaste no azul do mar, quando estiveres farto de querer saber o que nunca saberás, se nunca o amanhecer amanheceu em ti ou já não, se nunca amaste a luz e só o que ela ilumina, se nunca nasceste por ti e não apenas pelos que te fizeram nascer, se nunca soubeste que existias mas apenas o que exististe com esse existir, quando, se -, porque temes então a morte, se já estás morto?
in. PENSAR

O que sei, o que não esqueci…tudo o que aprendi…

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Parabéns Miguel Real !

Parabéns Miguel Real !
Miguel Real , pseudónimo de Luís Martins, é escritor e professor ou se quiserem professor e escritor, entre muitos livros escreveu A Ministra, cuja personagem principal alguns relacionaram com uma sinistra senhora de má memória para os professores. Com o livro EDUARDO LOURENÇO e a cultura portuguesa acaba de ganhar o prémio Jacinto do Prado Coelho 2009.
"Neste livro com mais de 400 páginas é analisada a obra que Eduardo Lourenço produziu durante quase 50 anos (1949-1997). Em relevo, aparecem quatro distintos capítulos que o autor chama de “questões” (cultural, política, estética e filosófica). Do diálogo com a Europa, à afirmação da democracia, passando pela revolução na poesia e no romance, e pelas teorias filosóficas, nada parece faltar neste ensaio.
Além de um excelente professor universitário, que já leccionou nalgumas das melhores universidades da Europa, Eduardo Lourenço é essencialmente conhecido como ensaísta. Já escreveu milhares de páginas sobre a cultura e a literatura portuguesa. As suas brilhantes reflexões, algumas até muito polémicas, aproximaram-no de alguns pensadores e filósofos universais, e mereceram as maiores distinções atribuídas pelo nosso país. A obra é um deleite para o leitor que ama o seu país e a sua cultura. Se Miguel Real fosse inglês, seria certamente candidato ao Booker Prize pela obra já produzida."
Miguel Real
Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa
QuidNovi
Texto retirado do blog : novoslivros.blogspot.com

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Transparência.


O ROBALO É QUE ESTÁ A DAR
Segundo os chineses: “ Uma imagem vale mais que mil palavras”, fiel a este princípio pedi “emprestado” ao blog “FLISCORNO” esta fotografia que ilustra claramente o estado do poder na nação portuguesa. Mais não digo, porque cidadão comum não quero contribuir para a violação do segredo de justiça nem para a destruição de provas tão acarinhadas pelo poder judicial. Juro-vos que isto não é ironia… estou convicto que lá para 3010 seremos um país com sorte, até lá não passamos de um lugarejo mal frequentado, destroçado e à beira-mar enganado.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Estado da educação





Plano Inclinado sobre Educação, SIC Notícias, de 30/11/, com Mário Crespo, Medina Carreira e Maria do Carmo Vieira.



A não perder, para os que não viram, a rever para quem já viu, aqui fica, são muitos minutos, implica esforço, despender algum tempo, mas vale a pena. Pessoalmente concordo com muito do que foi dito, tenho algumas divergências pontuais, mas concordo, repito, com o essencial do diagnóstico. Fica, pelo menos, a denúncia do lado folclórico da escola das cartolinas e dos malabarismos ditos educativos. Deixam-se algumas ideias para a discussão sobre a escola que queremos, sobre pedagogias importadas, sobre o ensino dito progressista, etc. etc. Sem preocupação de citar com grande rigor as palavras e autores porque estão bem perceptíveis no vídeo, para aguçar o apetite, deixo-vos algumas ideias soltas:
“Ausência de disciplina …Os professores hoje não conseguem ensinar, sem disciplina não vale a pena gastar dinheiro com a escola. Os programas são uma miséria. Desejo de apresentar quantidade, trabalha-se para a estatística. Portugal está a ser tomado lentamente por medíocres.
Os filhos dos ricos têm os colégios privados. Vejam-se os últimos rankings: as medidas dos últimos anos têm desorganizado a escola pública.
O professor tem de reflectir sobre o que é o ensino. Nos programas de português, a literatura é o aspecto que se devia privilegiar. Actualidade de Camões. A excessiva carga horária dos alunos. Esta pedagogia tem deteriorado tudo.