sábado, 18 de dezembro de 2010

FIEL SERVENTUÁRIO (A)

CHEGÁMOS A UM PONTO EM QUE A FALTA DE DIGNIDADE É TÃO GRANDE QUE FICA DIFÍCIL DIZER ALGUMA COISA.
Pedro Abrunhosa, entrevista à NS de 18 de Dezembro de 2010.

O FIEL SERVENTUÁRIO

Não sei se é por natureza se da educação ou situação, mas o fiel serventuário não passa de um escroque. Às vezes, só damos conta que estamos perante personagem tão execrável pelos traços distintivos. Sim! Porque à primeira vista o espécime é um professor como outro qualquer, mas não um qualquer. Acima de tudo e, antes de tudo o mais, serve-se a si próprio, os seus interesses, muito de carácter pessoal e só esses, os outros não existem, são um fingimento. Depois serve o “chefe”, o adorado e mui poderoso “capataz”, obedece-lhe cegamente, religiosamente, numa reverência idiota e de espírito medieval. Dobra-se ao tirano, humilha-se, trai amigos, colegas e outros, na busca incessante de uma migalha, de um favor que preserve os seus “instintos mesquinhos” de ser super-egoísta. A sala de professores, sim, a sala de professores é o seu lugar excelso, santo e sanha, lá se instala, ouve, regista, adocica e, “ em primeira mão”, leva ao capataz, a versão original, a puríssima e genuína versão de quem sabe do que fala, mas não fala verdade, nem com lealdade. Se ao chefe agradar a distorção, a mentira, tanto melhor, adaptar-se é a sua especialidade, o serventuário é primo direito do Camaleão. Sujeitar-se às circunstâncias do poder está-lhe na massa do sangue. Oportunista quanto baste, não olha a meios para atingir os fins. E os seus objectivos, sempre os mesmos do chefe, são imaculados, mas escondidos, muito escondidos, não vá alguém descobri-los. Vive aterrorizado, medo, muito medo é um dos seus traços distintivos. Vê adamastores em todas as janelas, nuvens no sol e quase não dorme. Cada vez mais se parece com uma coisa, uma coisa pouca, que se apouca, não presta e não age. Está algures entre o nada e o sujeito nulo. Apesar disso existe, anda por ai, espreita às esquinas e encosta nas avenidas. Para ser um “ Zé Ninguém” falta-lhe tudo, para ser alguma coisa faltam-lhe as qualidades. Parafraseando Almada Negreiros, um verdadeiro e fiel serventuário será aquele que reunir no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem servo, só te faltam as qualidades !

Género e nome – Um traço distintivo do facínora é pertencer aos dois géneros. Serventuário ou serventuária, tanto faz, é tudo canalha. Nome, não há um nome, são muitos e variados os nomes. Depende da escola e das circunstâncias, daí que, seja apropriado chamar-lhe FILHO-Da-PUTA ou SAFARDANA!

Por isso mesmo, cada vez gosto mais do “ Kira”, o meu gato preto. Pelo menos, não engana ninguém, é interesseiro, sem dúvida, mia quando lhe interessa e convém, mas subserviência não lhe passa pela cabeça, servilismo muito menos, por mais que eu tente, só obedece quando quer e bem lhe apetece. Assim fossem os professores, de certeza estaríamos bem melhor. Oh! Se estaríamos.

Oh! Se os professores fossem como os gatos….como os gatos…


Para desanuviar ... Deolinda.



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ESTAMOS EM GREVE !

EM GREVE

Contra o SAFARDANA! Já que gosta tanto de armar em corredor, vamos CORRER com ELE!

PELA EDUCAÇÃO!

PELA DEMOCRACIA NA ESCOLA!

POR UM ALTERNATIVA DIFERENTE PARA O PAÍS!

E porque estou farto, muito farto de vampiros...



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

É NOSSO DEVER LUTAR !

CONTRA

Contra o roubo nos salários.

Contra o roubo na nossa capacidade de gerirmos o tempo. Qual o meu horário, quando termina e acaba o trabalho para a escola? Há ou não limites?

Contra o fascismo que se instalou nas escolas.

Contra o medo.

Contra a submissão e a bufaria.

Contra um modelo de avaliação fascizante que serve apenas para reforçar os poderes tiranizantes dos capatazes de Sócrates.

Contra o congelamento dos salários.

Contra o actual estatuto da carreira docente.

Contra a redução em 803 milhões de euros das verbas para a educação.

Contra as palhaçadas ditas de certificação em PTes e outras invenções de propaganda socrática - por formação a sério.
Contra as desculpas, todas as desculpas inventadas e por inventar: FAÇO GREVE!

E

Por uma Escola Pública Democrática.

Pelo uso democrático das novas tecnologias é preciso utilizá-las para libertar e não para exigir mais e mais trabalho nos locais de trabalho.

Por um modelo de gestão democrático que restitua a verdadeira participação dos professores na vida da escola.

Pela redução do horário de trabalho.

Por uma greve geral vitoriosa

PELA DERROTA DO GOVERNO.

Por isto e por muito mais, É NOSSO DEVER LUTAR!

Pelo FUTURO! (Está na ordem do dia as 22horas na íntegra da componente lectiva, afinal, tão só, uma pequena parte do intensificar do ataque à dignidade docente).

Por isso, FAÇO GREVE!

PS

De novo as desculpas…

Estranho, estranho mesmo, que nas actuais circunstâncias se fale em não adesão à greve, como é possível… uma boa desculpa sabe sempre bem, mas a servidão mata, a dignidade não têm desculpas: EXIGE-SE!

É NOSSO DEVER LUTAR!

“ Ergue-te e ergue-te novamente: Até que os cordeiros se tornem leões.”

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Parecer do Dr. Garcia Pereira


Parecer do Dr. Garcia Pereira

Um grupo de professores ligado ao blogue “A Educação do meu umbigo” pediu ao Advogado e professor universitário Garcia Pereira um parecer sobre a constitucionalidade ou não dos cortes nos salários da função pública.

Depois de lermos o parecer só nos resta uma solução: recorrer aos serviços jurídicos dos sindicatos e levar a tribunal este governo de metralhas. Por mim, não perderei tempo algum, assim que se efectivar o corte, no dia seguinte, lá estarei em local próprio para accionar o respectivo processo. E, já agora , Pergunto:

Pode continuar a (des) governar-nos um grupo de facínoras que não cumpre as leis do Estado de Direito?

Pode continuar a decidir sobre a educação um senhor que tira um curso sem estudar? Que sabe ele de ensino, que sabe ele de educação, que sabe ele de avaliação? Pode este sujeito falar destas coisas? Pode, claro que pode. E sabe do que fala? Claro que Não! Claro que Não!

Por isso, dia 24 de Novembro, vamos mostrar-lhes mais uma vez o nosso descontentamento, vamos dizer-lhes que chega de roubar quem trabalha.

Texto Integral - CLICA AQUI !

Juízes reconhecem inconstitucionalidade dos cortes. CLICA AQUI !


sábado, 6 de novembro de 2010

Sócrates para a rua !

SÓCRATES PARA A RUA ! A DÍVIDA é do Pinto de Sousa e dos AMIGOS. Eles que a paguem.

Os trabalhadores da Função pública ficam sem salário, mas os amigos do PS e do governo continuam a engordar. Só fazem isto porque deixamos.



sábado, 16 de outubro de 2010

Cartas de um professor.

Enviadas por um colega, recebi duas das melhores cartas que li nos últimos tempos, foram escritas pelo professor Pedro Albergaria Leite Pacheco da Escola Secundária Antero de Quental, nos Açores. Duas cartas a ler com muita atenção e para meditar seriamente. Numa delas questiona:

“Como foi possível tantos judeus embarcarem nos vagões e pagarem aos caminhos de ferro a sua viagem para a morte. É que a vida nos guetos era insuportável. Tudo parecia melhor do que permanecer onde estavam! Este ludíbrio foi bem pago por quem o abraçou.

A Dra. Maria de Lurdes Rodrigues promoveu o gueto insuportável.

A Dra. Isabel Alçada promove agora a viagem de comboio.”

Como foi possível tamanha domesticação em tão pouco tempo, pergunto eu?

E será que ajudaremos ao equívoco ou a nossa missão é outra?!

Ler cartas ( CLICA AQUI !)


sábado, 9 de outubro de 2010

O PROVOCADOR


Até quando ?

" O povo tem que sofrer as crises como o governo as sofre"

Almeida Santos, Presidente do PS, a propósito do PREC III

Lembram-se do deputado que dizia, “que era preciso remunerar melhor os detentores de cargos públicos”, a começar pelos senhores deputados, pois a personagem é a mesma. De “pobrezinho” passou a provocador. Inspirada em Fernando Pessoa, eis a minha resposta a este e todos os responsáveis pela crise.

Até quando ?


O senhor Almeida

é um provocador

provoca tão indecentemente

que até faz dor.


O senhor Santos

Não tem prantos

A dor dos outros achincalha

E provoca tão indecorosamente

Que até parece dor de canalha.


Nas calhas da irracional dor

duma crise burguesa,

O povo com razão

diz ao Almeida:

O Governo se sofre,

Vá-se embora!

A todo o vapor!

Largue o poder.

E presta-nos um grande favor.

A crise pague-a

quem sem pudor

sem vergonha

chafurdou

mamou

engordou

na gamela do poder.


E o governo sofre

Com a crise.

Aí sofre…

A dor do governo

É dor fingida

É a dor dos Almeidas.

A dor verdadeira,

A sentida,

Está no povo

Que diz ao governo dos almeidas:

Vai-te embora!


Já não há vergonha

na fingida dor

dos responsáveis pela verdadeira dor.

O seu fingimento é provocação

O seu fingimento é barriga cheia

O seu fingimento é corrupção

O seu fingimento é uma poderosa teia

O seu fingimento é humilhação

da dor sentida,

verdadeira, a do povo,

que sofre sem razão.


O seu fingimento é provocação,

Oh, até quando abusarão

Da nossa paciência.

Até quando?

Até quando?

Até quando, aguentará a dor real?

E, quando se transformará

Em raiva,

Em consciência,

Em revolta,

Duma razão sem dor,

toda a força da razão

que calará o provocador.


sábado, 2 de outubro de 2010

As memórias secretas da Rainha Dona Amélia

Mais um livro de Miguel Real .

Neste manuscrito, o autor ficciona a vida da Rainha D. Amélia em doze pequenos capítulos, equivalente a um por cada mês do ano, organizados em quatro grandes partes, seguindo o ritmo das estações do ano, da Primavera, na infância, ao Inverno triste da sua velhice.
Um documento pungente, doloroso e comovente, fortemente crítico de Portugal e dos Portugueses, permanentemente iludidos pelas artimanhas de elites ineptas e ignorantes.

Brincar com coisas sérias

"Brincar Com Coisas Sérias" é um livro que se torna num jogo e que proporciona momentos divertidos e de grande cumplicidade. Ao acabar uma história há várias perguntas e uma escolha; e outra história, e mais perguntas e escolhas, e no final… está preparado para o que vai ouvir?

Um livro para todos: pais e filhos, família e amigos, professores e alunos. Brincar com Coisas Sérias é um livro a pensar em si e nos outros. Junte os amigos ou a família, encontre-se consigo mesmo, leia a primeira história e faça a primeira pergunta. Depois, deixe-se surpreender pelo resultado final. Está disposto a arriscar?

Texto conforme portal da FNAC

Intervenção de Adelaide de Sousa no Lançamento do livro :

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

URBI et ORBI. 2.

URBI et ORBI.

URBI ET ORBI
Sem grandes comentários, não há tempo. O Rodrigo diz que, " a mensagem da ministra o inspirou". Fico descansado, temos futuras gerações com piada e capacidade crítica, confesso que me animou o dia. Boa Rodrigo ! Já pensas que nem gente grande...Vejam e oiçam com atenção.


domingo, 19 de setembro de 2010

Mentirosos Compulsivos

Demagogia

Escrever sobre o PS tornou-se para mim uma grande e complicada aventura, não sei se terá sido influência da ministra Alçada, mas, ultimamente, sempre que tento escrever sobre este partido, as coisas complicam-se. Vejo os telejornais e escuto com atenção o PM desta triste companhia. Manobras, patranhas e demagogia, mais patranhas, demagogia e manobras, tudo isto traduzido dá discursos ocos e falsos para enganar parolos, estilo Albino, personagem execrável dos livros de uma Aventura na Educação. Tirei-me de cuidados e fui investigar, fiz trabalho de campo, vi alguns vídeos, até o da ministra, aquilo foi demais, ri, chorei, até me vi ao espelho, para ter a certeza de que não estava a sonhar, confesso que ainda pensei que estava bêbado, mas, como não bebo bebidas alcoólicas, há muito tempo, afastei tal hipótese. Gosto de decifrar enigmas, por isso, não me deitei enquanto não descobri o que se passava, calmamente, altas horas da noite, sentei-me silenciosamente na biblioteca, junto da prateleira onde jazem os livros da colecção “ Viagens no tempo”. Peguei no último volume, com o título: O CAVALO DE TRÓIA NA EDUCAÇÃO, como enganou os professores e o povo. Li sofregamente, com tal entusiasmo, que consigo escrever de cor parte do capítulo inicial, como gosto de partilhar informação aqui vai:

Zé TRETAS

José Socramente Pintor de Sucata, mais conhecido por “Zé Tretas”, caminha com passo decidido para mais uma reunião semanal do MMCR (Movimento dos Mentirosos Compulsivos Reunidos). Associação onde a mentira é lei mais que verdadeira e, onde a qualquer momento, a todo o instante, a mais verosímil das verdades se torna mentira. Esta agremiação foi criada no dia 1 de Abril de um ano qualquer, não se sabe a data certa, para que a qualquer hora, a todo o momento, a referência a uma hipotética data de criação possa ser pronta, eficazmente e compulsivamente desmentida. José Socramente,“Zé Tretas”, para os amigos, não se sabe bem se existe, ou se não passa de mais uma compulsiva mentira do movimento dos mentirosos compulsivos. Em seu redor, apenas e só, o manto diáfano, mais que fosco, da mentira. As cogitações de uma ficção ultra inverosímil impedem-me de continuar o texto, por considerar tudo uma grande fraude, pior, uma compulsiva e incorrigível mentira.

Pois, dirão os leitores, mas isto não é deveras esclarecedor? Talvez tenham razão, sei lá! Mais não posso dizer. Prazos são prazos, e o tempo que tinha para escrever este post terminou.

P.S. Estejam atentos, muito atentos Ao Cavalo de Tróia na Educação e ao modo com enganou os professores e o povo. Cuidado, muito cuidado, com tal “gente” até a verdade engana.

A mentira é tanta ... que o Diabo Virou Na Cruz.

Divirtam-se !


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A minha maiêutica

Quando o vento é contrário e não nos deixa avançar na direcção certa, há que ter a cabeça liberta, o coração bem aberto e recorrer a todas as forças para navegar contra a corrente. Não é fácil, mas é absolutamente necessário.

M.Ángel S. Guerra

A minha maiêutica.

Voltámos à escola. Pois é, hoje, foi dia de voltar. Pelo caminho, armei-me em Sócrates (o bom, nada de confusões, se bem que um colega de filosofia me tenha ensinado que mesmo esse, o filósofo, não era lá grande coisa, mas de certeza terá sido melhor que o outro que nos atormenta), fui calmamente, o mais calmamente possível, vieram-me à cabeça algumas perguntas, quase existenciais, até algo filosóficas. E pensei no meu percurso e no de muitos colegas, perguntei a mim próprio, mas será que ainda temos Escola? Que Escola temos? Para onde caminho? Esta estrada terá saída? Lembrei-me dos muitos professores e alunos que literalmente já não têm sala de aula. A nossa escola, aquela onde sonhámos ENSINAR, a escola da CIÊNCIA, da CULTURA e do PROGRESSO, será que existe? A escola da cidadania e da aprendizagem democrática, onde está? A do respeito pelo outro, dos valores, da vida e da liberdade onde paira? O que é, afinal, e o que não é a escola socrática?

A Escola enquanto espaço de ensino, praticamente não existe, o que temos é um lugar de omissão, de faz de conta, um caixote de matérias desgarradas da vida, longe da vida e do verdadeiro ensino. Podemos falar em Escola Democrática, quando os “capatazes” (outros chamam-lhes fiés serventuários) correia de transmissão de Sócrates, dispõem de um poder abusivo que lhes permite assumir a autocracia persecutória? Podemos falar de Democracia em escolas onde impera o medo, onde se persegue por pensar diferente? Quem trava estes abusos, como se chegou aqui?

A escola pública portuguesa é já um negócio, a começar pelas ofensivas e abusivas campanhas de “Regresso às aulas” das grandes superfícies. Um negócio chorudo para Centros de Explicações, sobretudo ao nível do secundário. O que se prepara com a transformação dos pequenos e médios armazéns em Mega Armazéns, mais não é do que o preparar num curto, médio prazo, da entrega definitiva do que resta da educação, e digo educação, porque o ensino já morreu, aos privados. Os grandes caixotes ficarão ingovernáveis, darão prejuízos enormes e, por essa altura, só resta a qualquer um dos socranetes que nos governe: “ Em nome dos superiores interesses” da nação, em nome dos Interesses e da sobrevivência, entregar mais este mega negócio, a uma das megas empresas educativas, entretanto criadas por supremos e inspirados boys. Não, não pensem que estou a delirar, observem bem estas coisas, e, já agora, brevemente, entrarei na idade da filosofia, por isso, Como dizia, o A. Aleixo: “ não tenho vistas largas nem grande sabedoria, mas dão-me as horas amargas lições de filosofia.” Na vida, com o tempo, não se fica só mais velho! Digo eu.

E os valores, pois, caros colegas e amigos: Quais são os valores de um sucesso estatístico forjado; quais são os valores de uma avaliação do desempenho injusta, parcial e kafkiana, pensada para “cumprir”, nas palavras de José Gil: ”a racionalidade orçamental, desnortear, desanimar, dominar, humilhar, desprezar os professores, os alunos e a educação.”

- Haverá salvação?

- Isso da salvação deixo para os que acreditam no reino dos céus, por mim, penso que temos de continuar a resistir, opor à tirania a razão, lutar com lealdade, com verdade, com carácter e, antes de mais, sem medo. Sem medo, sim! Lembrem-se que o medo mata mais que a morte. Sem medo, venceremos!

Pretendia “falar” do papel dos sindicatos e dos movimentos independentes, neste ano crucial para a luta dos professores, mas, como este post já vai longo, deixo para próxima oportunidade. No meio de tantas interrogações uma certeza tenho, o Cavalo de Tróia espreita-nos e espera que nos conformemos ou adormeçamos para desfechar o golpe final. A História ensina-nos que em certos combates ou matamos ou morremos. Espero ver-vos felizes um dia. Contem comigo, não baixarei os braços!

BOM ANO!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pausa

Boas Férias !

Caros amigos é tempo de férias, do merecido descanso, de nos afastarmos das coisas da educação, retemperarmos o corpo e o espírito. Altura dos longos passeios, de escutar o vento ( não se esqueçam de Bob Dylan , "escutem o vento meus amigos"), sintam-no bem, apreciem a brisa fresca, o sol criador, revigorem o sentido da vida, mas , sobretudo, sonhem e viajem e viajem e sonhem que é o melhor que há. E, acreditem, acreditem mesmo, que melhores dias virão, porque seremos capazes de lutar por isso.
NO CORAÇÃO DA ESCOLA fará uma pausa na escrita regular, pois, não tarda, andarei por sítios bem longe de computadores e internet.
Estimados leitores, comentadores, seguidores e amigos dedico-vos o poema seguinte. Grande abraço !


Viajar/Sonhar

VIAJAR
Pensar, estar
Navegar nas asas do sonho.

Partir,repartir,
Reflectir, andar por aí.
Navegar, viajar
Sentir as nuvens.
Perder-me na imensidão
Ter o mundo na mão.
ESTAR,
Em qualquer parte,
Não estar em parte alguma.
Partir e não sair.

VIAJAR,
Subir a montanha
do imaginário na mais pura das realidades.
Contemplar o sonho, rebolar na planície
Sentir o sol
Viver o mar
Amar tudo
Não desejar nada.

FLUTUAR,
Ser como o mar que se respira,
Não ser e ser outra coisa.
Ultrapassar grades,
Derrubar fronteiras
Dançar nas eiras
Amar nas estepes.

VIAJAR é
Sonhar o amor,
Olhar para cima
Bem junto ao céu.
Respirar, impregnar,
Caminhar sem olhar para trás.

Nómada do espírito,
Viajante da realidade,
Ilumina-me, ilumina-me...
O escuro da noite.

O meu desejo é
Partir,
O meu receio é voltar
O meu desejo é viajar.

No imenso caos da vida
Do irreal, do luar
De tudo o que não sou.
Viajar leva-me à vida
Que persigo
Que sinto
Que amo.

Viajo para atingir o vazio
Que preencho num pensamento do mito
Em que não sou,
Mas estou.

VIAJANTE
Liberta-me das amarras,
Dá-me asas
traz-me sonhos.
Viajante o meu sonho,
A minha vida está no impossível das viagens que sou.
Viajar é tudo.
Percorro. Sou.

Luís Sérgio

Sintra, Abril de 2010




segunda-feira, 19 de julho de 2010

Boas Ondas !


O colega e amigo Henrique vai até Bali (paraíso surfista ), na Indonésia, desafiar as ondas e elevar a adrenalina, pelos vistos não lhe chega a escola...
No Coração da Escola deseja-lhe boa viagem, boas férias e, sobretudo, boas ondas, elevadas e de boa crista.
Ficamos à espera de notícias.

Podem segui-lo no blogue : http://hnshapes.blogspot.com/

E para abrir o "apetite ".




sexta-feira, 16 de julho de 2010

Reflexão

Reflexão

Vivemos tempos conturbados na educação, tal como no resto da sociedade, tempos de alguma hesitação e medo. As salas de professores, em final de ano lectivo, mais parecem ”velórios”. Vejo desânimo, exaustão, desgaste, caras tristes e cansadas. Há luto oculto, há sofrimento, a tirania instala-se e adensa-se. O que mais me custa é o conformismo, a aceitação do inaceitável, custa-me ver homens e mulheres bons subjugados, por isso, lembrei-me de trazer à reflexão uma frase de Martin Luther King citada, nos últimos tempos, por alguns amigos:

“O que mais me preocupa não é o grupo violento, dos corruptos, dos desonestos, dos sem carácter, dos sem ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons, dos honestos."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Colóquio - Separação da Igreja e do Estado.


A República mês a mês - Encontros Saber Mais

Colóquio - Separação da Igreja e do Estado

15 de Julho, quinta-feira, pelas 18 horas

Lisboa, Paços do Concelho, Largo do Município, sala do antigo arquivo

Inserido na iniciativa” República Mês a Mês”, o historiador David Luna De Carvalho aborda o momento da laicização do estado e da sociedade, corporizado através da lei de separação do estado e da igreja de 20 de Abril de 1911 e de outros instrumentos legislativos e regulamentares. Reflecte-se ainda sobre o choque entre o clericalismo e o anti-clericalismo e o modo como essa situação terá contribuído para a queda da própria república.

domingo, 27 de junho de 2010

Lunáticos



A tecnologia a substituir os professores. O Grande sonho de J. Sócrates.

Uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo projectos - é esta a visão que a Parque Escolar tem para o ensino em Portugal.

Jornal Público, de 7/6/2010

Quando li isto pela primeira vez, nem queria acreditar, mas é verdade, confirmaram-me vários amigos de confiança.

O grande sonho de Sócrates, na visão da parque escolar. Agora compreendemos melhor para que serve a tecnologia nas mãos destes senhores: substituir os professores, claro. Sempre fica mais barato (e de que maneira) e, a qualidade de ensino, não sobe, voa. O melhor mesmo é, seguindo o exemplo de algumas faculdades voláteis, só haver aulas aos domingos. Olhem o quanto se poupava…E o sonho de aprender começa, agora, a dar os primeiros passos, finalmente, de “cagalhães” na mão podemos olhar o futuro de frente. Assim é que é! Qual “ quinto império “, qual quê! O futuro será hoje. A mui douta e iluminada mão socrática tirou-nos das trevas, a alegoria das cavernas esfumou-se, as aparências já não são nada que se pareça. Perante tais milagres, eu ateu, me confesso, eu ateu me converto. Oremos ao senhor, o milagre da tecnologia aconteceu. A mão divina anda ai. Um novo reino se adivinha, o paraíso não será mais coisa de vindouros, aproveitemo-lo.

E, por favor, se encontrarem o diabo, digam-lhe que me leve este milagreiro daqui. Doze mil almas lhe agradecerão. E, não sei porquê, só me apetece gritar: Delenda est Sócrates !

Notícia do Público ( Clica Aqui).

O ministério anti-professor( Clica Aqui).

Lunáticos , prefiro os verdadeiros, por isso deixo-vos o "Estou na lua." Agradeço publicamente à Rosa Silvestre que nos recordou esta música. Ouçam , divirtam-se e aproveitem para "esquecer" a canalha que desgoverna a educação e o país.

sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago


Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara
José Saramago

Os escritores não morrem.
Morreu José Saramago, mas a sua imaginação fica, a sua obra perdura, os livros e os sonhos que neles deixou continuam disponíveis. Acabou uma vida, outras tantas sobrevivem. Os poderes mágicos e encantatórios de “ Blimunda” de O Memorial do Convento continuam a viagem dos sonhos e continuarão a deliciar-nos.
Para lá das polémicas, das discordâncias, para lá de tudo … fica o desejo, o apelo, à filosofia, ao pensar, incrustados nas várias azinhagas da sua literatura. Leiam-no!

Declarações mais que actuais...

sábado, 5 de junho de 2010

As Vítimas do Senhor Reitor


Passado um ano de aplicação do “novo” Modelo de Gestão, precisamos de fazer uma avaliação séria e denunciar os desmandos e abusos de toda a ordem que esta forma de exercer o poder fomentou. Ao longo deste ano, muitos foram o Emails que fui recebendo de diversas escolas. Eu próprio conheço algumas situações de prepotência e perseguição. Enquanto não há tempo para uma avaliação rigorosa e exaustiva, aqui fica um escasso exemplo das vítimas desta forma de governar as escolas portuguesas. A iniciar este texto pus novo entre aspas, pois considero que este modelo imposto por Sócrates através da Milú de má memória foi recuperar o que de pior existia no modelo do Reitor de antes do 25 de Abril de 1974. E, por agora, mais não digo, façam o favor de ler o texto que se segue.
As vítimas do Senhor Reitor

Teresa – Trinta e tal anos de serviço, profissional competente, sempre
com grande desempenho e dedicação. O Reitor não gosta dela, sobretudo da sua maneira de vestir. Por isso é perseguida, anda exausta.
Isabel – Irreverente, pensadora, tem uma maneira muito própria de ver a escola, de pensar a educação, odeia” folclores”. O Reitor não a deixa em paz, humilhada, fala menos, pensa em desistir.
Rui – Doutorado em educação, amante de tudo o que é cultura, defende um ensino a sério, democrata de convicções profundas, anda revoltado com o que se passa na escola. O Reitor receia a sua inteligência e dedicação aos alunos, persegue-o e não o deixa respirar. Desistir é verbo que não conhece, mas está farto, fartíssimo.
Amélia – Mulher de armas, bonita e muito inteligente. Adorava dar aulas, estar com os alunos e ir para a escola. Anda triste, abatida, já não suporta tanta reunião iníqua e tantos dias extenuantes (passados na escola). Anda a ver se consegue mudar de profissão.
Nelson – Por natureza o resistente, resistir e indignar-se perante as injustiças está-lhe na “massa do sangue”. Vítima de toda a espécie de tropelias, não desiste, mesmo cansado diz que resistirá sempre.
Ismael – Sindicalista. Já não sabe o que fazer, nem que dizer. Já não acredita em nada, apesar de tudo vai lutando e vai apelando à resistência. Qualquer dia aposenta-se. Não está para aturar ditadores!
Ana – A pedagoga - já desistiu de tudo, espera a reforma. Acha que do ponto de vista do ensino, a escola é, cada vez mais, uma agremiação parasita, ociosa, fútil e sem estímulos. Detesta o Reitor que a persegue e chateia a cada momento.

E, para terminar, divirtam-se com este vídeo dos Trabalhadores do Comércio, realizado e divulgado em 1982. Fica a pergunta: Se fosse realizado , hoje, quem estaria amarrado à cadeira ?


sábado, 22 de maio de 2010

Histórias Para Contar Consigo.

Terça-feira, dia 25 de Maio, às 19h
na livraria Leya, na Barata (Av. de Roma,11A, em Lisboa

Para quem gosta de ler

Para quem gosta de literatura

Para quem gosta de uma boa história

Para quem gosta de ouvir uma boa história

Para quem gosta de ouvir boas histórias

Para quem gosta de histórias bem contadas

Para quem quer passar um serão diferente.

Não perca !

Para saber mais :

Blogue de Margarida Fonseca Santos( Clica aqui.)

Blogue de Rita Vilela( Clica aqui.)

Histórias Para Contar Consigo ,na tv.

Vale a pena ver e ouvir.