quarta-feira, 22 de setembro de 2010

URBI et ORBI. 2.

URBI et ORBI.

URBI ET ORBI
Sem grandes comentários, não há tempo. O Rodrigo diz que, " a mensagem da ministra o inspirou". Fico descansado, temos futuras gerações com piada e capacidade crítica, confesso que me animou o dia. Boa Rodrigo ! Já pensas que nem gente grande...Vejam e oiçam com atenção.


domingo, 19 de setembro de 2010

Mentirosos Compulsivos

Demagogia

Escrever sobre o PS tornou-se para mim uma grande e complicada aventura, não sei se terá sido influência da ministra Alçada, mas, ultimamente, sempre que tento escrever sobre este partido, as coisas complicam-se. Vejo os telejornais e escuto com atenção o PM desta triste companhia. Manobras, patranhas e demagogia, mais patranhas, demagogia e manobras, tudo isto traduzido dá discursos ocos e falsos para enganar parolos, estilo Albino, personagem execrável dos livros de uma Aventura na Educação. Tirei-me de cuidados e fui investigar, fiz trabalho de campo, vi alguns vídeos, até o da ministra, aquilo foi demais, ri, chorei, até me vi ao espelho, para ter a certeza de que não estava a sonhar, confesso que ainda pensei que estava bêbado, mas, como não bebo bebidas alcoólicas, há muito tempo, afastei tal hipótese. Gosto de decifrar enigmas, por isso, não me deitei enquanto não descobri o que se passava, calmamente, altas horas da noite, sentei-me silenciosamente na biblioteca, junto da prateleira onde jazem os livros da colecção “ Viagens no tempo”. Peguei no último volume, com o título: O CAVALO DE TRÓIA NA EDUCAÇÃO, como enganou os professores e o povo. Li sofregamente, com tal entusiasmo, que consigo escrever de cor parte do capítulo inicial, como gosto de partilhar informação aqui vai:

Zé TRETAS

José Socramente Pintor de Sucata, mais conhecido por “Zé Tretas”, caminha com passo decidido para mais uma reunião semanal do MMCR (Movimento dos Mentirosos Compulsivos Reunidos). Associação onde a mentira é lei mais que verdadeira e, onde a qualquer momento, a todo o instante, a mais verosímil das verdades se torna mentira. Esta agremiação foi criada no dia 1 de Abril de um ano qualquer, não se sabe a data certa, para que a qualquer hora, a todo o momento, a referência a uma hipotética data de criação possa ser pronta, eficazmente e compulsivamente desmentida. José Socramente,“Zé Tretas”, para os amigos, não se sabe bem se existe, ou se não passa de mais uma compulsiva mentira do movimento dos mentirosos compulsivos. Em seu redor, apenas e só, o manto diáfano, mais que fosco, da mentira. As cogitações de uma ficção ultra inverosímil impedem-me de continuar o texto, por considerar tudo uma grande fraude, pior, uma compulsiva e incorrigível mentira.

Pois, dirão os leitores, mas isto não é deveras esclarecedor? Talvez tenham razão, sei lá! Mais não posso dizer. Prazos são prazos, e o tempo que tinha para escrever este post terminou.

P.S. Estejam atentos, muito atentos Ao Cavalo de Tróia na Educação e ao modo com enganou os professores e o povo. Cuidado, muito cuidado, com tal “gente” até a verdade engana.

A mentira é tanta ... que o Diabo Virou Na Cruz.

Divirtam-se !


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A minha maiêutica

Quando o vento é contrário e não nos deixa avançar na direcção certa, há que ter a cabeça liberta, o coração bem aberto e recorrer a todas as forças para navegar contra a corrente. Não é fácil, mas é absolutamente necessário.

M.Ángel S. Guerra

A minha maiêutica.

Voltámos à escola. Pois é, hoje, foi dia de voltar. Pelo caminho, armei-me em Sócrates (o bom, nada de confusões, se bem que um colega de filosofia me tenha ensinado que mesmo esse, o filósofo, não era lá grande coisa, mas de certeza terá sido melhor que o outro que nos atormenta), fui calmamente, o mais calmamente possível, vieram-me à cabeça algumas perguntas, quase existenciais, até algo filosóficas. E pensei no meu percurso e no de muitos colegas, perguntei a mim próprio, mas será que ainda temos Escola? Que Escola temos? Para onde caminho? Esta estrada terá saída? Lembrei-me dos muitos professores e alunos que literalmente já não têm sala de aula. A nossa escola, aquela onde sonhámos ENSINAR, a escola da CIÊNCIA, da CULTURA e do PROGRESSO, será que existe? A escola da cidadania e da aprendizagem democrática, onde está? A do respeito pelo outro, dos valores, da vida e da liberdade onde paira? O que é, afinal, e o que não é a escola socrática?

A Escola enquanto espaço de ensino, praticamente não existe, o que temos é um lugar de omissão, de faz de conta, um caixote de matérias desgarradas da vida, longe da vida e do verdadeiro ensino. Podemos falar em Escola Democrática, quando os “capatazes” (outros chamam-lhes fiés serventuários) correia de transmissão de Sócrates, dispõem de um poder abusivo que lhes permite assumir a autocracia persecutória? Podemos falar de Democracia em escolas onde impera o medo, onde se persegue por pensar diferente? Quem trava estes abusos, como se chegou aqui?

A escola pública portuguesa é já um negócio, a começar pelas ofensivas e abusivas campanhas de “Regresso às aulas” das grandes superfícies. Um negócio chorudo para Centros de Explicações, sobretudo ao nível do secundário. O que se prepara com a transformação dos pequenos e médios armazéns em Mega Armazéns, mais não é do que o preparar num curto, médio prazo, da entrega definitiva do que resta da educação, e digo educação, porque o ensino já morreu, aos privados. Os grandes caixotes ficarão ingovernáveis, darão prejuízos enormes e, por essa altura, só resta a qualquer um dos socranetes que nos governe: “ Em nome dos superiores interesses” da nação, em nome dos Interesses e da sobrevivência, entregar mais este mega negócio, a uma das megas empresas educativas, entretanto criadas por supremos e inspirados boys. Não, não pensem que estou a delirar, observem bem estas coisas, e, já agora, brevemente, entrarei na idade da filosofia, por isso, Como dizia, o A. Aleixo: “ não tenho vistas largas nem grande sabedoria, mas dão-me as horas amargas lições de filosofia.” Na vida, com o tempo, não se fica só mais velho! Digo eu.

E os valores, pois, caros colegas e amigos: Quais são os valores de um sucesso estatístico forjado; quais são os valores de uma avaliação do desempenho injusta, parcial e kafkiana, pensada para “cumprir”, nas palavras de José Gil: ”a racionalidade orçamental, desnortear, desanimar, dominar, humilhar, desprezar os professores, os alunos e a educação.”

- Haverá salvação?

- Isso da salvação deixo para os que acreditam no reino dos céus, por mim, penso que temos de continuar a resistir, opor à tirania a razão, lutar com lealdade, com verdade, com carácter e, antes de mais, sem medo. Sem medo, sim! Lembrem-se que o medo mata mais que a morte. Sem medo, venceremos!

Pretendia “falar” do papel dos sindicatos e dos movimentos independentes, neste ano crucial para a luta dos professores, mas, como este post já vai longo, deixo para próxima oportunidade. No meio de tantas interrogações uma certeza tenho, o Cavalo de Tróia espreita-nos e espera que nos conformemos ou adormeçamos para desfechar o golpe final. A História ensina-nos que em certos combates ou matamos ou morremos. Espero ver-vos felizes um dia. Contem comigo, não baixarei os braços!

BOM ANO!