terça-feira, 22 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS !


NO CORAÇÃO DA ESCOLA deseja a todos os amigos e visitantes um BOM NATAL e um FELIZ ANO NOVO !
Festas !

É tempo de festejarmos, de estar com familiares e amigos, mas também é, deve ser tempo de reflexão, de introspecção, de nos recolhermos e reencontrarmos com o mais profundo de nós, com o lado mais sublime e silencioso que nos dá alento. Nestes breves dias que temos pela frente (pela minha parte, sem computador, sem internet) sem escola, sem horários, sem tropelias administrativas, mergulhemos nas palavras, no seu ser, no seu significado, na razão de serem ditas, escritas, silenciadas, omitidas e mais que tudo: vividas. Pensemos com elas, com o(s) seu(s) significado(s). Naveguemos para lá dos sonhos, para lá do impossível, bem para lá do que parece óbvio, só assim nos entenderemos, só assim compreenderemos a vida e o outro lado dos vários caminhos que podíamos seguir, mas que não escolhemos. Procuremos o porquê? E, para quê? Só, deste modo, a festa, a recreação faz sentido, aliviarmo-nos para sermos. Parece demasiada filosofia, se calhar até nem é, há dias assim, ficamos um pouco avariados, como o tempo. Afinal, o que eu quero é desejar-vos BOAS FESTAS! Sem restrições, mas pensando muito em serem felizes, em aproveitarem a vida e o melhor que ela tem. Intriguem-se, despertem, meus amigos a vida está aí para ser vivida, reflectida, porque como escreveu Vergílio Ferreira:
Quando estiveres cansado de olhar uma flor, uma criança, uma pedra, quando estiveres cansado ou distraído de ouvir um pássaro a explicar o ser, quando te não intrigar o existirem coisas e numa noite de céu limpo nenhuma estrela te dirigir a palavra, quando estiveres farto de saberes que não existes e não souberes que existes, quando não reparares que nunca reparaste no azul do mar, quando estiveres farto de querer saber o que nunca saberás, se nunca o amanhecer amanheceu em ti ou já não, se nunca amaste a luz e só o que ela ilumina, se nunca nasceste por ti e não apenas pelos que te fizeram nascer, se nunca soubeste que existias mas apenas o que exististe com esse existir, quando, se -, porque temes então a morte, se já estás morto?
in. PENSAR

O que sei, o que não esqueci…tudo o que aprendi…

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Parabéns Miguel Real !

Parabéns Miguel Real !
Miguel Real , pseudónimo de Luís Martins, é escritor e professor ou se quiserem professor e escritor, entre muitos livros escreveu A Ministra, cuja personagem principal alguns relacionaram com uma sinistra senhora de má memória para os professores. Com o livro EDUARDO LOURENÇO e a cultura portuguesa acaba de ganhar o prémio Jacinto do Prado Coelho 2009.
"Neste livro com mais de 400 páginas é analisada a obra que Eduardo Lourenço produziu durante quase 50 anos (1949-1997). Em relevo, aparecem quatro distintos capítulos que o autor chama de “questões” (cultural, política, estética e filosófica). Do diálogo com a Europa, à afirmação da democracia, passando pela revolução na poesia e no romance, e pelas teorias filosóficas, nada parece faltar neste ensaio.
Além de um excelente professor universitário, que já leccionou nalgumas das melhores universidades da Europa, Eduardo Lourenço é essencialmente conhecido como ensaísta. Já escreveu milhares de páginas sobre a cultura e a literatura portuguesa. As suas brilhantes reflexões, algumas até muito polémicas, aproximaram-no de alguns pensadores e filósofos universais, e mereceram as maiores distinções atribuídas pelo nosso país. A obra é um deleite para o leitor que ama o seu país e a sua cultura. Se Miguel Real fosse inglês, seria certamente candidato ao Booker Prize pela obra já produzida."
Miguel Real
Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa
QuidNovi
Texto retirado do blog : novoslivros.blogspot.com

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Transparência.


O ROBALO É QUE ESTÁ A DAR
Segundo os chineses: “ Uma imagem vale mais que mil palavras”, fiel a este princípio pedi “emprestado” ao blog “FLISCORNO” esta fotografia que ilustra claramente o estado do poder na nação portuguesa. Mais não digo, porque cidadão comum não quero contribuir para a violação do segredo de justiça nem para a destruição de provas tão acarinhadas pelo poder judicial. Juro-vos que isto não é ironia… estou convicto que lá para 3010 seremos um país com sorte, até lá não passamos de um lugarejo mal frequentado, destroçado e à beira-mar enganado.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Estado da educação





Plano Inclinado sobre Educação, SIC Notícias, de 30/11/, com Mário Crespo, Medina Carreira e Maria do Carmo Vieira.



A não perder, para os que não viram, a rever para quem já viu, aqui fica, são muitos minutos, implica esforço, despender algum tempo, mas vale a pena. Pessoalmente concordo com muito do que foi dito, tenho algumas divergências pontuais, mas concordo, repito, com o essencial do diagnóstico. Fica, pelo menos, a denúncia do lado folclórico da escola das cartolinas e dos malabarismos ditos educativos. Deixam-se algumas ideias para a discussão sobre a escola que queremos, sobre pedagogias importadas, sobre o ensino dito progressista, etc. etc. Sem preocupação de citar com grande rigor as palavras e autores porque estão bem perceptíveis no vídeo, para aguçar o apetite, deixo-vos algumas ideias soltas:
“Ausência de disciplina …Os professores hoje não conseguem ensinar, sem disciplina não vale a pena gastar dinheiro com a escola. Os programas são uma miséria. Desejo de apresentar quantidade, trabalha-se para a estatística. Portugal está a ser tomado lentamente por medíocres.
Os filhos dos ricos têm os colégios privados. Vejam-se os últimos rankings: as medidas dos últimos anos têm desorganizado a escola pública.
O professor tem de reflectir sobre o que é o ensino. Nos programas de português, a literatura é o aspecto que se devia privilegiar. Actualidade de Camões. A excessiva carga horária dos alunos. Esta pedagogia tem deteriorado tudo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O DIA DA SAIA


Qual o papel do professor na escola pública ?

Filme extraordinário, actual e mais que real. É francês, é suposto retratar a realidade das escolas suburbanas daquele país, mas olhando-o com atenção verificamos que a nossa realidade, pelo menos, a das zonas suburbanas das grandes cidades é a mesma ou muito semelhante. Por isso, incomoda-me o silêncio à volta desta película. Porque será? Por mostrar uma realidade dura e violenta que se vive dentro dos muros das escolas. Por mostrar a indigência, a brutalidade e o grau zero da aprendizagem vivido num significativo número de salas de aula. Por ser excessivo. Ou porque querem esconder a triste realidade em que se vai transformando a escola pública dos TEIPS, dos EFAS, CEFS e outras coisas que tais. O DIA DA SAIA tem tudo, está lá tudo, desde os defensores do politicamente correcto que, a mando do poder instituído, vão ignorando e mistificando a realidade, veja-se o papel do Reitor; os professores imbecis que em nome do etno-social cedem, alarvemente, até ao absurdo de perderem toda dignidade e não se aperceberem que nada fazem na escola. São os palhaços pseudo-intelectuais, os toscos que mortificam a profissão docente; os alunos marginais, a quem a sociedade não é capaz de educar no respeito pelos mais básicos direitos humanos e respeito pelo outro, mas que envia para a escola para serem entretidos e nela poderem perpetuar e aperfeiçoar toda a espécie de marginalidades. E, depois, há os outros, os muitos professores que querem ensinar, que remam contra a maré, que não desistem e que até à exaustão insistem em ensinar, motivar para a cultura, gritar pelo respeito pelo outro e pela diferença, representados pela personagem principal, Sonia Bergerac e pela sua amiga. São afinal as vítimas de um sistema educativo que não as apoia, não as ouve e se compraz em trucidar. O desenlace (final) do filme, o fim da personagem Sonia Bergerac, é de um significado extraordinário, de um simbolismo que merece toda a atenção e reflexão (não revelo, nem desenvolvo para não ”tirar” o interesse.)
Trata-se repito-o de um filme a não perder, a ver, a rever, a reflectir, a divulgar, um bom pretexto, um bom documento para a discussão sobre a Escola Pública que temos e a que queremos e, muito importante, qual o papel do professor nesta, nessa escola.
Em tempo de revisão do Estatuto da Carreira Docente é preciso “atirar” O DIA DA SAIA” à cara dos decisores da política educativa, pode ser que alguma coisa mude.

Em Lisboa, está em exibição no Cinema City Classic Alvalade, Av. de Roma nº100.

Antes Do Dia da Saia é exibida uma curta-metragem (15m) muito interessante, Deus não Quis, de António Ferreira, sobre a guerra colonial, o amor e os desígnios ou não desígnios de Deus.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

TRAIÇÃO



“Vamos suspender de imediato o actual modelo de avaliação e rever o Estatuto da Carreira Docente, abolindo o regime de divisão actual.”
27/08/09. Discurso de apresentação do programa eleitoral do PSD



Política de verdade ou um Cavalo de Tróia tão mau e traidor como o outro.


Acabo de verificar o resultado da votação no parlamento: propostas que pediam suspensão imediata do “actual” modelo de avaliação derrotadas. Abstenção do PSD favorece PS. Novidade, nem por isso, é o Centrão no seu melhor. Estas agremiações são duas faces da mesma moeda. Divide-os apenas a semântica, uns não cumprem promessas eleitorais outros rasgam--nas, a prática é só uma e tem um nome: TRAIÇÃO.

Voltarei ao tema com mais tempo, por agora, fica o registo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Oito pontos de discórdia.







A propósito da entrevista da ministra da educação, Isabel Alçada, à RTP 1, ontem, dia 12 de Novembro de 2009.



A raposa disse um dia à galinha: “Temos que nos encontrar para conversar e fazer as pazes”. Mais tarde na floresta só se viam penas de galinha.
La Fontaine


Exma. Sra. Ministra!

Vi e ouvi com muita atenção a sua entrevista a Judite de Sousa. Tinha, confesso, expectativas elevadas, esperava (se calhar fui ingénuo) ouvir algo de novo que me satisfizesse, alguma coisa realmente pensada, real e verdadeira, que deitasse por terra o meu cepticismo em relação ao que poderá ser o seu consulado. FIQUEI DECEPCIONADO! E porquê?
- V.Exa. não foi clara naquilo que pretende. Não foi clara nem objectiva em grande parte da entrevista, refugiou-se em lugares comuns, ideias vagas, em algumas frases feitas e simpáticas. Agradeço a sua simpatia, a sua disponibilidade, o seu ar feliz e simpático, as suas intenções. Os afectos são importantes, sem dúvida, mas depois de tudo o que lutei, lutámos, quero mais, exijo mais. Beijinhos e abraços não me calam.
2º- Decididamente assumiu que este modelo de avaliação é para manter até ao final do ano, quando o que se exigia, sem tibiezas, sem medo, aí sim, mostrando claramente vontade de mudar, suspendesse imediatamente esta farsa inútil e monstruosa de que querem aproveitar meia dúzia de oportunistas. Tal como o seu adorado chefe, alinha na velha e relha teoria do dividir para reinar. A intenção pode não ser essa, mas de intenções também já estou farto, é tempo de actos e de atitudes claras e de efeito prático.
3º- Divisão artificial da carreira, mais uma vez, não percebi o que quer, ao que vem. Essa teoria de que “nem todos podem ascender ao topo”, traz “água no bico”, já ouvi isto antes, a outras personagens. Na verdade, não percebi o que realmente e verdadeiramente pensa desta divisão medieval e artificial da carreira docente. Gosto que me falem claro, que sejam leais, uma negociação exige clareza e lealdade, exige que se coloque em cima da mesa e sem subterfúgios o que se pensa e o que se pretende. Confesso-lhe, com pena, vi jogo escondido, ou se calhar enganei-me e, tudo não passa de mero desconhecimento dos dossiês. Vinte e sete anos fora do 2ºCB são muitos anos, não é?! A realidade quando não a vivemos por dentro escapa-nos muito. Por mais que tentemos, por mais análises que façamos, foge-nos e ilude-nos.
4º- Essa de criar metas para todos os anos de escolaridade e, logo com o Sr. Natércio Afonso, “cheira-me a esturro “, a borrasca da grande. Bastava que se cumprisse com o que existe em termos de objectivos e competências e não se quisesse “passar os meninos à força” e tínhamos o problema resolvido. Pense seriamente nisto. Já agora, como conciliar a não retenção com as metas. Ou será que as metas serão assim como uma espécie de “Insustentável leveza do Ser“ aplicada à educação. Talvez, algo fugidio, flexível e fugaz para ninguém cumprir. Regulamentos e legislação kafkiana já temos de mais, por favor, liberte-nos dessa praga.
5º- Modelo de gestão escolar, ainda não foi desta que a ouvi dizer o que pensa sobre o tema, a culpa se calhar até não foi sua, não lhe foi colocada a pergunta, mas dentro da globalidade de que tanto fala porque não esclarecer as suas ideias a este propósito.
6º- Alguns pontos, aparentemente, positivos: horários dos professores, estatuto do aluno, autoridade do professor. Mas, foi tudo tão vago, tão comum e sem substância que nem sei que dizer, que nem sei que pensar. Será para já, é para protelar e ganhar tempo como deseja o chefe? Dou-lhe o benefício da dúvida (In Dubio Pro Reo), mas, “lá que estou desconfiado e céptico é verdade.” Desminta-me, faça-me, faça-nos, acreditar.
- Até sou optimista, e estou convicto que algumas destas coisas vão mudar a favor dos professores, da escola e da qualidade de ensino, sei que vai ceder em vários pontos, não será tanto por si ou pelo seu governo, mas sim por força da maioria relativa que o povo português vos deu e deixou o PS refém dos outros partidos. É verdade que o senhor Sócrates tudo faz para esconder esta realidade, isso é mera retórica, mera propaganda, a realidade é bem diferente, e se os outros partidos quiserem em matéria de ensino e noutras o governo sairá derrotado, por isso há coisas que vão acabar, V. Exa. sabe-o, o segredo está em adiar, ganhar tempo…
8º - Como é escritora, se por acaso tivesse de sintetizar a entrevista num título de um livro seria num do nosso ex-colega, João de Melo: O meu reino não é deste mundo. E, se calhar o seu reino não é mesmo o dos professores, mas o meu é, por isso, não acredito em simpáticas palavras. Continuo a duvidar, à espera de acções, sem alinhar em optimismos exagerados. Pensando na fábula que inicia este post: não quero perder as penas.

Notícias da blogosfera.



NO CORAÇÃO DA ESCOLA em destaque no portal :

manual escolar 2.o da editora Sebenta .

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Direito ao lazer.




A propósito de leitura, de escrita, de professores, de um tempo sem tempo em que já não há tempo algum...



Burrocracia, cada vez mais burrocracia, mais tempo na escola, mais trabalho inútil, mais desgaste, aos professores falta tempo para ler, para escrever, para irem ao cinema, ao teatro, enfim, cada vez falta mais tempo para se cultivarem. Falta o lazer, o simples lazer, a mais criativa e poética das artes. Como pode estimular a leitura quem lê cada vez menos, quem se cultiva muito menos do que devia. "Já nem tempo há para o marido e os filhos", dizem-me com ar triste e cansado algumas colegas. Depois há planos, grelhas e reuniões, mais reuniões, grelhas e planos. Planos , grelhas e reuniões para tudo e mais alguma coisa, grande parte para nada.Estamos a correr para onde ? O que nos espera, um mundo melhor, uma vida melhor? Cumpra-se simplesmente o tempo de lazer, abandone-se a escravidão dos papéis, a inutilidade ociosa dos que fingem que trabalham muito, cada vez mais embrutecidos, mais tristes, mais depressivos, mais infelizes. Cultivemos o prazer de ensinar e aprender, libertemo-nos das teias BURROCRÁTICAS que só oprimem. Sejamos felizes, façamos do saber algo diferente !Para isso muito coisa tem de mudar, sem demora, que o tempo urge, o tempo esgota-se... e, a paciência não é infinita...

A propósito do Plano Nacional de Leitura, do muito por fazer e do espanto manifestado no jornal PÚBLICO por existirem crianças de 10 anos que ainda confundem "nós com noz", o José Paulo Santos divulgou, no Interactic 2.0, um pequeno texto que merece uma leitura atenta. Leiam e reflictam :" Surpreendidos?! Receio que, se não melhorarmos as condições de trabalho dos professores, a situação vai piorar. Para ensinar,é preciso tempo para aprender e isso é algo que está a ser desperdiçado em tarefas burocráticas nas escolas. Os professores devem poder frequentar livrarias, bibliotecas, seminários, conferências nacionais e no estrangeiro. Não podem ser penalizados por quererem formação!Vejo-os enclausurados, engaiolados nas escolas, alheios ao mundo, completamente afastados das oportunidades. Repense-se no que estamos a fazer aos professores,às escolas, aos nossos alunos..e aos pais! E ao país !

O Estatuto da Carreira Docente, O Currículo Nacional e a Gestão Escolar têm de ser discutidos urgentemente!...

O Plano Nacional de leitura tem de ser mais ambicioso: ofereça-se livros às famílias; faça-se um programa diário na TV; convidem-se autores a falar dos seus livros que constem no PNL; criem-se passatempos onde se ofereçam livros, dicionários, enciclopédias! Campeonatos de leitura!Os nossos canais de televisão devem criar programas educativos, pedagógicos em horário nobre! Tanta telenovela, tantos passatempos descartáveis "embrutecem-nos"!Precisamos dos nossos professores! Precisamos que nos ajudem a mudar o rumo para uma melhor educação... De que precisam eles para que se cumpra um Portugal mais feliz?


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Escolas TEIP . Parte I





Escolas TEIP. Algumas dúvidas e interrogações.



Territórios Educativos de Educação Prioritária. Já o afirmei publicamente, várias vezes, não tenho uma posição definitiva sobre a atitude a seguir face uma linha política educativa que pretende transformar muitas das escolas portuguesas em TEIP. Mas tenho confesso, algumas objecções, muitas dúvidas e outras tantas interrogações. Esta perspectiva parte, em teoria, de um pressuposto positivo com o qual concordo em absoluto: apoiar os estudantes oriundos das camadas sociais mais desfavorecidas, discriminar positivamente estes estudantes, apoiá-los, dar-lhes mais condições de estudo e trabalho. Conseguir, deste modo, que a escola, de espaço de reprodução se transforme em local de transformação e ascensão social, mantendo qualidade de ensino e aprendizagem é, repito, um princípio nobre com o qual me identifico.
Mas será que são estes os desígnios que os actuais mandantes da política educativa perseguem com a criação destes ditos territórios? Aqui começam verdadeiramente as dúvidas e algumas das objecções. A criação dos TEIP, como o próprio nome indica pressupõe um compromisso com a comunidade envolvente, a questão é que até agora a “comunidade” viu nos TEIP mais uma forma de entrar na escola para se promover, para ganhar alguma coisa. Nas escolas portuguesas nestas e em todas as outras é chegado o momento de perguntarmos: O que é que a comunidade pode e deve dar? Afinal, com o que é que podemos contar para termos melhores escolas e melhor ensino. Há a miragem dos recursos: mais dinheiro, mais técnicos, etc., etc. Como se o mais dinheiro e os mais técnicos só por si resolvessem os problemas. Tem acontecido que algumas vezes só vêm atrapalhar. Na ausência de uma política educativa exigente e pedagogicamente esclarecida sobre o caminho a seguir, mais dinheiro e mais técnicos poderão não resolver nada e gerar mais confusão, mais caos e desperdício de recursos financeiros e humanos com custos para todos nós. Acontece que em algumas destas escolas os “projectos se atropelam uns aos outros” e ninguém sabe bem o que anda a fazer nem para quê. Os professores fazem (sobra sempre para eles e para os funcionários), desgastam-se e no final de cada ano lectivo, a qualidade de ensino e a escola pública vão minguando e as instâncias oficiais cantam alegremente o sucesso forjado. Muitas destas escolas numa retórica sofista e ignara endeusaram a não directividade e o mais que tudo, o supra sumo são as áreas projecto e o brincar à cidadania, os conteúdos, a verdadeiro ensino e a correcta aprendizagem são relegados para terceiro ou quarto plano. Esquecem estes sofistas ignaros que são precisamente os alunos destas escolas e, sobretudo, os oriundos das camadas sociais mais desfavorecidas quem precisa de mais directividade, mais regras, mais orientação e apoio. A escola pode e deve compensar o que as suas famílias não conseguem oferecer: objectivos, normas e competências para vencer na vida. Deseducá-los na não directividade,significa perdê-los, nada ensinar, e desperdiçar tempo e recursos. “Os projectos devem partir dos alunos e só dos alunos”, dizem. Que bonito, que comovente. Educar é formar, trabalhar, forjar. Aprendamos com o ferreiro, se alguma vez esperasse que o ferro se fizesse a si próprio, ainda hoje esperaríamos pela primeira peça saída das suas mãos. Quem ensina molda, quem molda constrói e, o novo aluno, a nova escola não nasce por si só, constrói-se. O resto é música celestial para entreter alguns anjinhos.
Mas se a questão das escolas TEIP se reduzir no essencial a uma mudança de estratégias e metodologias, não precisamos deste modelo para nada. Uma liderança democrática, progressista e inovadora que envolva todos os intervenientes no processo educativo, capaz de mobilizar e criar condições de trabalho aos professores e alunos terá mais efeito, será mais eficaz do que mil projectos de territorialização. Às vezes, quando penso nestas escolas, lembro-me das reservas índias do velho faroeste americano, todos sabemos o que aconteceu aos índios, preocupa-me que a educação e a escola pública sigam o mesmo destino se não se alterar substancialmente a visão do poder sobre a ESCOLA.
Por hoje, com o agradecimento ao José paulo Santos do Interactic 2.0, deixo-vos com um vídeo - O OLEIRO - (sem palavras ), mas na minha opinião uma excelente metáfora da educação , da aprendizagem, da construção da aprendizagem e do saber, sobretudo, do saber partilhado. " Percam alguns minutos , vale mesmo a pena...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Manual escolar distinguido em Frankfurt

PARABÉNS À MANUELA GUEDES E À LUÍSA MENDES !

«Palmo e Meio (3-4 anos)», de Manuela Guedes e Luísa Mendes, um projecto de ensino pré-escolar editado pela Texto Editores, alcançou o segundo prémio da categoria PRIMARY School (Pré-Escolar, 1.º e 2.º ciclos) no Best European Schoolbook Awards. A distinção decorreu durante a Feira do Livro de Frankfurt.

Segundo a Texto Editores, o concurso, organizado pelo EUROPEAN EDUCATIONAL PUBLISHERS GROUP (EEPG), em associação com a INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR RESEARCH ON TEXTBOOKS AND EDUCATIONAL MEDIA (IARTEM) e com a Feira do Livro de Frankfurt, «é um dos mais importantes a nível internacional na área da educação», distinguindo os três melhores livros escolares publicados em toda a Europa na categoria PRIMARY School (Pré-Escolar, 1.º e 2.º ciclos) e na categoria SECONDARY School (3.º ciclo e ensino secundário). Palmo e Meio (3-4 anos)» concorreu com 48 manuais escolares europeus e «integra uma colecção de livros que aborda, através de actividades de experimentação, observação e investigação ligadas ao dia-a-dia e ao interesse dos mais novos, os temas essenciais ao desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar».

Imagem e texto retirados do Diário Digital de 19 de Outubro.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Abusos nos horários dos professores




ABUSOS NOS HORÁRIOS DOS PROFESSORES.



Estão a ocorrer graves atropelos nos horários dos professores. Estes atropelos decorrem da utilização da componente não lectiva individual para reuniões que não decorrem de necessidades de carácter ocasional.
- Reuniões ocasionais: reuniões de conselho de turma de carácter disciplinar, reuniões extraordinárias de um órgão, não previstas na organização normal do trabalho na escola, ou outras reuniões que surjam de forma inopinada.
- Reuniões não ocasionais: reuniões intercalares de conselho de turma, reuniões de conselho de docentes ou de departamento.
Blog : Professores lusos
Abusos nos horários dos professores. O Ramiro Marques publicou no PROFAVALIAÇÃO um post oportuno , a não perder ( CLICA AQUI !)

sábado, 17 de outubro de 2009

Uma certa defesa da honra.


Uma certa defesa da honra.
A propósito de uma certa defesa da honra, via e-mail que não recebi na sua versão original, chegou reenviado por uma pessoa amiga. Nessa suposta defensa de honra, onde se cita um extracto do meu projecto, afirma-se que me terei pronunciado favoravelmente à candidatura TEIP da PAN. Não sendo verdade vamos aos factos.
Fora do contexto as citações e os extractos de texto têm o valor que lhes quisermos dar e servem sempre quem as cita:
O extracto referido é efectivamente retirado do meu projecto de candidatura, foi redigido num determinado contexto, cuja candidatura também deve ser contextualizada. Reproduzo-o de novo:
Candidatura do Agrupamento a Território Educativo de Intervenção
Prioritária (T.E.I.P.):
Debate do processo de candidatura com o Conselho Geral, o Conselho
Pedagógico, os Departamentos Disciplinares e as Associações de Pais.
Tomada de decisão bem fundamentada nas vantagens e desvantagens da
candidatura e na aceitação e mobilização por parte da comunidade.
Adaptar o projecto educativo.
O princípio da inclusão que preside à filosofia de base de criação dos
TEIP deve salvaguardar também a inclusão e o apoio de todos os alunos e
preparar a integração no Ensino Secundário.
Contextualizemos então as “coisas” :
1. A direcção do agrupamento apresentara antes do concurso para Director o projecto de candidatura a Escola TEIP, com “discussão” no CGT. Criando algumas ilusões nos elementos fora da escola, o processo de candidatura a TEIP estava em curso. Com o processo iniciado e perante as instâncias oficiais não poderíamos pura e simplesmente parar só porque a eventual nova direcção da escola não concordava. A organização escola deve honrar os seus compromissos e a rescisão a acontecer deve ser de base democrática e fundamentada. Conhecendo esta situação resolvi fazer referência a este processo no meu projecto.
2. Conhecia a decisão da maioria dos membros do agrupamento – desfavorável à candidatura TEIP. A apresentação de candidatura foi ao “arrepio” do resto da escola e tomada isoladamente pela Direcção Executiva do agrupamento.
3. Esta era uma realidade à qual não podíamos escapar, por isso entendi fazer uma referência a este processo, com o cuidado necessário de não hostilizar os elementos “estranhos ao agrupamento” iludidos com este “mirabolante projecto”.
4. Esta é a única passagem do projecto em que me refiro às escolas TEIP, por isso, considero abusivo e desminto que seja uma posição favorável, uma leitura atenta prova o contrário ,subtilmente defendi uma estratégia processual que nos permitisse voltar atrás e só deixo essa possibilidade em aberto se for uma decisão da comunidade (sabia que fora recusada, repito).
5. Interpretemos então a referida passagem parágrafo por parágrafo:
A) Debate do processo de candidatura… Debater não significa concordar, não representa anuir, muito menos “pronunciar favoravelmente”, debater pode ser um momento de afirmação e contradição. Permitia voltar ao início, era dada a possibilidade aos membros do agrupamento, caso mantivessem a posição anterior, de rejeitar a candidatura. No dicionário nos diversos significados da palavra debater não encontrei uma só onde debate significasse anuência, concordância, pelo contrário, na maior parte dos casos debater significa: “analisar um tema, assunto ou problema com um ou mais interlocutores, fazer um debate, Discutir.”
B) “Tomada de decisão bem fundamentada nas vantagens e desvantagens da candidatura e na aceitação e mobilização por parte da comunidade.” O processo só iria para a frente se de uma forma comprovada e fundamentada se verificasse existirem vantagens no processo de ensino aprendizagem e no sucesso dos nossos alunos. Pressupondo ainda aceitação e mobilização por parte da comunidade, o agrupamento já se pronunciara desfavoravelmente e não estava nem está mobilizado para este projecto, sabia-o.
C) Adaptar o projecto educativo. O projecto educativo do agrupamento não está, nem estava adaptado à candidatura TEIP, é de algum modo contranatura. Adaptá-lo, permitiria repensar e rever essa candidatura, pelo menos ganhávamos tempo e o processo não avançaria tão depressa. Era importante através do projecto educativo definirmos um rumo, saber bem o que queríamos antes de avançar numa candidatura que virá alterar radicalmente a filosofia educativa do nosso agrupamento.
D) O princípio da inclusão que preside à filosofia de base de criação dos TEIP deve salvaguardar também a inclusão e o apoio de todos os alunos e preparar a integração no ensino secundário.
Na prática, até agora, os TEIP preocupam-se com alunos indisciplinados, “os coitadinhos”, etc., etc., esquecendo os outros, baixando a qualidade do ensino. Referir isto é “levantar” já uma grande objecção à aprovação dum projecto desta natureza. A escola deve incluir todos e não trabalhar só para alguns. Não vejo neste parágrafo um pronunciamento favorável às escolas TEIP, percebo o contrário.

Notas Finais :

1.Como se comprova nunca me “pronunciei favoravelmente à candidatura TEIP”, defrontei-me com uma realidade que não poderia ignorar, era preciso agir com bom senso e, sobretudo, com a estratégia mais adequada para o sucesso do agrupamento.
2. É verdade que essa possibilidade fica em aberto, mas isso deve-se ao facto de a minha candidatura defender uma liderança democrática, ao contrário do que acontecera antes, defendia e defendo que a decisão final compete a todo o agrupamento. A opção pela continuidade ou não da candidatura devia e deve ser (continuo a pensar assim) uma decisão de todos os membros do agrupamento, já que a todos implica, a todos responsabiliza.

Posto isto : DESMINTO CATEGORICAMENTE QUE ALGUMA VEZ ME TENHA PRONUNCIADO FAVORAVELMENTE À CANDIDATURA TEIP.

P.S. Há algo de estranho nesta defesa da honra: ser efectuada através de um e-mail do Director que eu não recebi ( estranhamente o meu e-mail não consta nessa lista). Mas, cada um dá os tiros nos pés que quiser, desde que não seja eu a fornecer a pistola. E, por hoje termino… tenho mais que fazer!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dia mundial do professor. Parte II.

Resposta do colega e amigo José Luís ao post do Dia Mundial do Professor.

"Recordar os nossos professores que nos marcaram pela positiva".



Caro amigo !

Como é bom rever a força de tantos professores espalhados pelas ruas de Lisboa. Impensável quando vai para 4 anos me aposentei. Fica um reconhecimento ao Governo Sócrates pelo péssimo desempenho relativamente à Educação. Lamenta-se que tanta arrogância sem dialogar com quem está no terreno fosse a inspiração para a união de uma classe. Tive o orgulho de ter sido mais um entre tantos a exprimir a indignação pública perante tanto atropelo à dignidade de quem trabalha com o futuro. Este só se projecta pelo saber estar com os jovens acrescentando valor a um país.
O Dia do Professor deve reflectir o sentir de uma classe essencial ao progresso de Portugal. Uma oportunidade para recordar os nossos professores que nos marcaram pela positiva enquanto alunos. Uma referência a Maria do Bom Sucesso, açoriana notável, minha professora de Liceu e colega de escola, pedagoga e sublime na arte de motivar quem sendo jovem sempre contou com o seu apoio incontestável. Uma outra referência Carlota Moniz Pereira, conselheira imprescindível do novato sempre em movimento, pelo exemplo de inovação e solidariedade.
Ao Agir pelo que permitiu concretizar do sonho descer até à realidade da Escola. A todos os colegas, empregados e alunos que fizeram história de como se pode dar a volta por cima sem magoar ninguém. Dignificou-se uma Escola com espírito de missão criadora e abrangente. Recordar no Dia do Professor uma obrigação cívica!
Um abraço ao Luís Sérgio pela tua visão ter permitido a este professor ter participado num projecto inesquecível!

José Luís Costa (Professor aposentado).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

DIA MUNDIAL DO PROFESSOR .

Seis razões pelas quais vale a pena ser professor :

Porque é uma tarefa imprescindível;
Porque é uma tarefa difícil (e arriscada);
Porque é uma tarefa enriquecedora;
Porque é uma tarefa colegial;
Porque é uma tarefa gratificante;
Porque é uma tarefa histórica:
os professores são elos silenciosos da cadeia que conduz a humanidade para o progresso e o aperfeiçoamento. Que teria sido do mundo e da história sem os professores? Os detentores do conhecimento tratam de o utilizar em seu proveito (e de o esconder dos que lhes fazem concorrência). Os professores, porém, constituem um grupo de pessoas que têm por ofício partilhar tudo o que sabem, transmitir aos outros os seus conhecimentos, despertar nos outros o desejo de aprender.
É por tudo isto que quero, daqui, alertar todos os estudantes e todos os profissionais, no sentido de viverem a sua profissão duma forma comprometida e com exigência e o entusiasmo que ela pode suscitar. É por tudo isto que quero apelar à sociedade, no sentido de todos darem valor, ajudarem e estimarem os professores.

Miguel Ángel S. Guerra (texto com supressões e adaptado).

Notícia do DN : Docentes exigem rápidas mudanças ( Clica Aqui.)

Porque o essencial ainda está por cumprir,recordemos o que nos levou à rua :






quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vitória de Pirro .




Vitória de Pirro. Doeu um pouco mas passou.


Contrariamente às expectativas um número significativo de portugueses foi em falinhas mansas e manobras eleitoralistas. Confesso que na noite de 27 de Setembro fiquei algo desolado, acreditei até ao fim que conseguiríamos correr com o socranete. Precisávamos de humilhá-lo, dar-lhe uma lição de democracia e humildade, retirá-lo do poder, retirar-lhe a prepotência e a arrogância. Não conseguimos alcançar estes objectivos na totalidade, mas contribuímos muito para que não tivesse maioria absoluta, algo bastante positivo, agora vai ter de se entender com outras forças políticas, deste modo, terá de enfiar no saco a viola da prepotência, da arrogância e sublimar ou arquivar os tiques fascizantes. É evidente que esta espécie de políticos, têm algo de genético com os camaleões e muda de cara e estratégia conforme o contexto e o momento, mas os intentos, a matriz, serão sempre os mesmos, por isso, cuidado, muito cuidado, o socranete delicado e bonzinho travestido de anjo mantém (politicamente falando) o ADN do lobo mau, capaz do melhor dos disfarces para conseguir os seus objectivos. Cabe-nos a nós inscrevermo-nos na História como os caçadores de lobos e não sucumbirmos como capuchinhos, continuemos atentos, continuemos na luta, porque a luta continua!

Exposição de Pintura

"A arte é a mão direita da natureza. A última só nos tirou o ser, mas a primeira tornou-nos homens". Friedrich Schiller
Exposição de Pintura.
Do nosso colega Domingos Fontes da Costa
Na Galeria Municipal - Casa Mantero (Sintra)
Rua Gomes de Amorim, 12-14 Biblioteca Municipal de Sintra
Inauguração, dia 3 de Outubro,Sábado, pelas 15h e 30m.
NÃO FALTEM !

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O anjinho.


Faltam 4 dias para corrermos com o mentiroso, por isso, dedico este post a todos os que acreditam no partido socranete e outras sinistras personagens que dominam a política portuguesa.

SE...

Se ao ouvires dizer que as rendas de casa vão baixar,
tu acreditas.
Se ao leres que o ensino vai finalmente ser gratuito,
tu acreditas.
Se quando te prometem pagar os salários em atraso até ao último centavo,
tu acreditas.
Se quando ouves jurar a pés juntos que a Alta Autoridade vai finalmente punir os corruptos,
tu acreditas.
Se quando te sopram aos ouvidos que o direito à saúde é sagrado, inatacável e constitucional,
tu acreditas.
Se te prometem acabar com o desemprego e a miséria,
tu acreditas.
Então eu próprio passo a acreditar em santos, pois tu és um santo e até mais, um anjinho e será teu o reino dos céus.
Eu te prometo a fé de quem sou

COMO QUEM ASSOBIA, Leonel Coelho.

Para terminar, com o agradecimento à Maria João Martins ( que me enviou o vídeo ), deixo-vos com Rui Veloso no seu melhor, pelo menos, para mim, está é de longe a versão do " Prometido é devido " que mais gosto de ouvir. Oiçam-na com atenção e comprovem como a arte pode ser a busca do belo, do lúdico e da intervenção cívica. Divirtam-se com a verdade...





sábado, 19 de setembro de 2009

Os professores vencerão !


SE SÓCRATES SE CANDIDATAR AO GOVERNO DO INFERNO.
NÓS VOTAREMOS NO DIABO.
Terminou há pouco mais uma jornada de luta dos professores, convocada pelos movimentos independentes: MUP; APEDE e PROMOVA. Não foi uma grande manifestação quanto ao número de professores presentes, mas grande e significativa pelo contexto e pelo momento em que aconteceu. Importante, porque a uma semana das eleições, ficou a mensagem de luta dos professores, que não esquecem, que desejam e vão contribuir para o esmagamento do governo Sócrates (o pior depois do 25 de Abril) e, mais significativo, continuarão na luta, independentemente, do vencedor das eleições, até que a dignidade docente seja reposta, continuarão na luta pela educação: Pela revisão do ECD, pondo fim a uma divisão artificial da carreira, assente em pressupostas medievais de Senhores e Escravos, titulares e não titulares; por uma avaliação justa e sem quotas e pela revogação do modelo fascista de gestão. Contem com os professores, não baixaremos os braços, lutaremos até ao fim, porque a nossa luta é justa, porque temos razão, e a razão não morre assim, muito menos às mãos sujas e indignas de socranetes com tiques fascizantes. OS PROFESSORES VENCERÃO e, dia 27, lá estaremos para o funeral político do senhor Pinto de Sousa e seus acólitos.

Concentração - algumas imagens.
























terça-feira, 15 de setembro de 2009

O mar das garrafas.













O mar das garrafas , blog lançado , recentemente, ao mar cibernético pelo David Luna.
"Fala" de garrafas, de barcos, de sonhos, do mar que vai nas garrafas, é um blog artístico, educativo, que nos desvenda uma arte realizada com muito rigor, amor e carinho. As visitas são grátis e obrigatórias, aqui fica o link e respectivo endereço :http://mardasgarrafas.blogspot.com/2009/09/o-beagle-de-charles-darwin.html

domingo, 13 de setembro de 2009

Milu, em que país andas tu ? parte 2.


Época de desvario.

Estamos numa época de desvario. Uma frase oca tenta ultrapassar uma outra ainda mais oca que a anterior. Vale tudo para fazer crer ao povo que mesmo o maior desvario serve o interesse nacional. Chegou-se ao cúmulo de fazer acreditar que este governo se preocupa com detalhes. Os contentores demonstram ao que chegou o discurso político.
Dizem que a memória é curta. Poderá ser. Mas o que aconteceu à educação nestes últimos 4 anos e meio serve para recordar o 1º ministro, ministra da educação (?) e respectivos secretários de estado como os coveiros do sonho de construir uma escola com dignidade, responsabilidade e autoridade. Mandaram pela porta fora um grande número de professores dedicados, competentes e leais à sua missão de estar com os alunos para um Portugal com futuro.
Só um ponto positivo. O terem conseguido unir uma classe tradicionalmente pouco solidária. As manifestações foram o ponto de partida para perda da maioria absoluta. Esperemos que a abertura do ano lectivo permita que percam a governação. Um PS como o conheci está em ruínas!

Um abraço solidário.
JOSÉ LUÍS Costa , professor (educação física) aposentado.
Nota : os sublinhados são da minha responsabilidade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

MILU, EM QUE PAÍS ANDAS TU ?

















"Vamos ter muitos alunos a ter aulas em contentores, muito trabalho naqueles monoblocos climatizados com óptimas condições, em muitos casos melhores do que eram as salas de aula. Isto dá uma dinâmica diferente às escolas que podem ter esperança de finalmente serem escolas do futuro".
Ministra da educação, in Jornal PÚBLICO de 10/set/2009.


Li, reli, não quero acreditar. Mudei de óculos, algo de estranho está a acontecer. Digam-me que não é verdade. Alguém está doido, alguém perdeu a cabeça. Aos contentores da 2ª guerra mundial instalados nas escolas chama a senhora ministra “monoblocos climatizados com óptimas condições”. Porque não experimentar as tendas de campismo, isso sim: O futuro; a grande inovação; o progresso imbatível, muito melhor que o Magalhães, leia-se computador magalhães. Os alunos podem trazê-las de casa, cada um terá a sua, da cor preferida, instalam-se nos pátios. Os professores de megafone em punho dão as suas aulas. Pode dispensar a maior parte deles, fica só com meia dúzia, os serventuários, os oportunistas e tachistas, com o cartão gold do partido socranete. Só têm que dizer:” Montem a tenda; instalem-se confortavelmente; liguem o magalhães; joguem; desliguem o computador; agora podem ir embora (tudo isto inspirado nos manuais de vigilância de exames.) Num ápice ultrapassaremos os 100% de sucesso.
A Europa falará de Portugal, o país nunca mais será a cauda ou a retaguarda, deixo isso ao seu critério. É melhor parar, senão os meus amigos e colegas pensam mesmo que pirei de vez, pois não, com uma ministra destas o que é que se espera?!
Leccionei, no ano lectivo anterior, nos caixotes, participei, sem saber, numa dinâmica diferente que dá às escolas a esperança de finalmente serem escolas do futuro.
Como é grande o meu orgulho, como é grande a minha revolta, como é grande a minha vontade de gritar: MILU ESTÁS DOIDA! TU E OS METRALHAS QUE TE ACOMPANHAM, SOIS COVEIROS DO SISTEMA EDUCATIVO. Espera-vos o caixote do lixo da história da educação.
Para não pensarem que inventei as palavras da ministra, eis o link do PÚBLICO.CLICA AQUI !

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O BINÓQUIO !




Estou muito disponível para restaurar uma relação delicada e atenta a todos os problemas dos professores .


José Sócrates, entrevista à RTP 1, 1 de Setembro de 2009

Entrevista de José Sócrates, ontem, na RTP 1, nem sei como consegui arranjar tanta paciência para tanta mentira, para tamanha hipocrisia. Quando falou dos professores quase levei um murro no estômago. Apesar de estar sozinho no sofá, gritei: FDP! Grande FDP! Desculpem a linguagem, mas com este senhor só com vernáculo. Chamei-lhe, ainda, outras coisas que não revelo, quero manter o nível de linguagem do blog, apesar de falar de tão torpe personagem.
Hoje, mais calmo, voltei à entrevista, e, para sossegar a minha consciência, resolvi perguntar ao ECO: SÓCRATES MENTE?
Resposta :
MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE!
MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE!
MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE!
MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE! MENTE!
Quase no fim, som imperceptível: Mente … mente … mente … de… mente.
O som final veio acompanhado de um vídeo. Vejam-no com atenção. E, se depois lhe chamarem ALDRABÃO, eu acredito.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

REGRESSO















REGRESSSO !
“ Sempre encorajei os meus amigos e os meus alunos mais espertos a tornarem-se professores. Sempre pensei que a escola é feita, em primeiro lugar, de professores. Quem me salvou na escola, senão três ou quatro professores? “
Daniel Pennac, Mágoas da Escola.

No Coração da Escola está de volta, depois de vadiar, não tanto como desejava, não tanto como idealizei. Acho que não cumpri os objectivos individuais de vadiagem, será que poderei optar pela forma “simplex “, ainda irei a tempo?! Mas em compensação escutei muito o vento, ouvi-o sempre com muita atenção, cada novo dia, com mais e redobrada concentração, aprendi novas coisas, encetei novas viagens. De alguma forma, purifiquei-me, estou pronto a voltar à escola, ao mundo real, ao centro nevrálgico e indispensável da nossa vida de professores, é nela que existimos, por ela lutamos, vivemos e sentimos. Querem proletarizar-nos à força, destruir a “nossa massa crítica”, tornar-nos dispensáveis e ausentes. Como se isso fosse possível, como se fosse possível comprarem a nossa dignidade e deixarem-nos sem qualquer réstia de humanismo?
Como disse em Maio, quando da" inauguração "do blog: “A escola não é um mero destino, é, antes de tudo o mais, um espaço de reflexão, acção, lugar de desenvolvimento e aprendizagem, também ao nível da cidadania e esta não se aprende, pratica-se. Por isso, retomemos a reflexão sobre a escola e a educação em geral, sem rodeios, sem medos, admitindo um só e único rumo: O DO LIVRE PENSAMENTO. Partindo do pressuposto que, SER PROFESSOR VALE A PENA!
Conto convosco, meus amigos, com o vosso regresso, a vossa participação e leitura crítica, só assim poderemos avançar, só assim resistiremos, porque como diz, A.TUCCI, samurai dos tempos modernos:
“ Neste mundo apertado, sinuoso, interesseiro e ruim, onde o vil egoísmo campeia como verdadeiro rei do quotidiano, um grupo de pessoas desafia o seu poder, com o calor invencível da amizade, são os meus amigos.”
Para os que não verei nos tempos mais próximos, boa sorte e um grande abraço de solidariedade, para os outros, até amanhã!
Deixo-vos com Yann Thiersen, num extraordinário e inspirador som de piano. A “história”, isso é lá com a vossa imaginação…

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Escutemos o vento !

Vou vadiar…, com muitas leituras, muito sol, praia e montanha, conciliar o inconciliável da reflexão, partir sem rumo. Atento, muito atento ao que se está a passar na educação e no país. Voltarei daqui a um mês. Até lá: BOAS FÉRIAS! Divirtam-se, recuperem energias, porque tudo indica que:“ A maré se vai levantar!” E, sobretudo, como canta o Dylan, vejam e escutem o vento…quem sabe, talvez encontremos novas ideias, novas maneiras de pensar e ver o mundo. Trilhemos novos caminhos. Escutemos o vento, meus amigos, as respostas estão lá!
Com o agradecimento público à Maria João Martins que me recordou esta bela música, aqui ficam o o slideshare com a respectiva tradução e o vídeo para ver e ouvir .

quarta-feira, 15 de julho de 2009

DELENDA EST SÓCRATES !


Senhora ministra. Ilustre e veneranda senhora DONA MILU, permita-me caríssima que a trate assim. Ouvi-a há dias na televisão, falava na região da Extremadura, na vizinha Espanha, a propósito dos exames referia que deveríamos estar todos orgulhosos com os resultados. Confesso que desconfiei, achei logo que, no manto diáfano da sua fantasia se escondia uma grande mentira acompanhada de uma dose maior de hipocrisia. Mas enganei-me, assumo e confesso publicamente que me enganei…
Passei estes últimos quatro anos em manifestações, greves e outras formas de luta contra a sua política educativa e dos restantes metralhas da educação. Pensei até agora, bendita seja a luz do senhor, que me permitiu ver mais longe (vale mais tarde do que nunca, não é ?!) que era “fria, maquiavélica e calculista”, como li num livro. Ousei pensar e dizer que ficaria na História como a pior ministra de sempre e a coveira do sistema educativo. Pensei-a feita à imagem e semelhança do Metralha Mor ,senhor Sócrates. Afinal nada disto é assim, como foram vis os meus pensamentos.
Mas, afinal, porque mudei de ideias? Por causa dos números senhora, os números que sempre que pôde manipulou em favor do poder nestes quatro anos. Confesso que não foram só os números, mas também o facto de vós, veneranda e ilustre MILU, falastes de Espanha, mais concretamente da região da Extremadura, e dizer que nos devíamos sentir orgulhosos. Aquilo é que foi preciso coragem, aquilo é que foi amor à pátria, parecia a Padeira do Largo do Rato nos celeiros de Espanha. Mas vamos ao que interessa, que o post está a ficar muito grande e depois ninguém o lê. Sabes caríssima MILU, agora, até já te trato por tu. Também eu gosto de classificações e rankings e, ao ouvir-te na Extremadura,elaborei umas classificações e rankings ibéricos que me espantaram e fizeram mudar de ideias. Vamos aos factos:
Somos o país da península ibérica que pior trata os professores,
melhor que nós só Espanha;

Somos o 2º país da península ibérica com melhores resultados escolares, à nossa fente só os espanhóis;

Ao nível dos salários dos professores estamos num honroso 2º lugar;

Somos o 2º país da península ibérica na qualidade do ensino;

Somos o 1º país da península ibérica que mais obriga os estudantes a ir tirar cursos ao estrangeiro, até estamos à frente de Espanha;

Somos o país da península ibérica que vende mais computadores Magalhães , os espanhóis ainda sonham com o Colombo e nós já temos o Magalhães;

Os espanhóis gostam de tourada, mas nós levamos os touros até ao parlamento, campeões da dignidade e respeito;

E, para terminar, a ideia até nem é minha é do professor David Levy do blog: Lisboa Tel Aviv, graças ao governo do senhor, ainda não sei se é engenheiro, Sócrates somos agora o SEGUNDO PAÍS MAIS RICO DA PENÍNSULA IBÉRICA.
E, isto não é tudo, mui excelentíssima e veneranda DONA MILU. Se depois de 4 anos de desgovernação socrática ainda existimos como país, foi porque V. Exas. não existiram, tudo não passa afinal de um pesadelo de que só acordaremos a 27 de Setembro.Por isso, eu, Professor afirmo: DELENDA EST SÓCRATES!
PS
Para os menos versados em latim, numa tradução livre, “Delenda est Sócrates!” pode e deve ler-se: É preciso destruir Sócrates!

sábado, 11 de julho de 2009

Entrevista a Miguel Real


A propósito de A MINISTRA, a "Notícias magazine", revista do DN, publicada aos sábados , traz hoje uma interessante entrevista com Miguel Real , a não perder...
Para aguçar o apetite aqui ficam alguns excertos:

"NAS ÚLTIMAS décadas, Luís Martins fez nascer Miguel Real, pseudónimo com que publicou mais de duas dezenas de romances, ensaios e peças de teatro. Agora, os papéis inverteram-se e Miguel Real deu «voz» às preocupações do seu autónimo – Luís Martins é professor de Filosofia na Escola Secundária de Mem Martins. Uma conversa sobre ensino, cultura e literatura com o autor do livro A Ministra (recentemente lançado pela Quid Novi), uma sibilina crítica à política de educação do actual governo, corporizada numa mulher fria, calculista e maquiavélica.

Descontando o perfil pessoa da «sua» ministra, há uma evidente ligação à actualidade da política de educação em Portugal...

Sim. A política de educação seguida por este governo, pelo primeiro-ministro e pela ministra, foi feita de maneira ostensiva, burocrática e sem diálogo, com prazos superapertados. Estamos perante uma educação sem valores, a trabalhar apenas para a tecnologia. O governo pretende que os professores façam do aluno exclusivamente um homem tecnológico e num prazo de quatro ou cinco anos. É uma política pombalina. O marquês de Pombal quis à força, prendendo e exilando pessoas, transferindo saber estrangeiro, que ficássemos ao nível da França e da Inglaterra. José Sócrates tem esse sonho pombalino, com a única diferença de que não pode prender nem matar – nem o quer fazer com certeza. Mas quer, ferozmente, desenhar um homem tecnológico, vazio de alma, não investindo na cultura. A educação é o coração da cultura, a alma cívica. E estamos simplesmente a dar matéria e com os níveis de exigência a baixar. Ou seja, a preparar um aluno a ser apenas apto para executar uma profissão.

E isso é necessariamente mau?

É mau porque estamos a criar pessoas como se fossem robôs. Na escola pensada por José Sócrates não se quer dar valores nem cultura, apenas o mínimo de princípios cívicos que fazem parte do politicamente correcto tecnológico. A escola deve dar um ensino humanista."

Para ler entrevista completa . CLICA AQUI.

Recordar Agostinho da Silva - Reformados.

Num comentário ao post " A debandada", o João Camacho lembrou os colegas que se reformam antecipadamente. Pensando neles fui ao baú desenterrar este vídeo do Professor Agostinho da Silva.Filósofo, poeta, ensaísta, teólogo, fundador de universidades,marcou o séc. XX português e o seu espírito livre continua a contagiar todos aqueles que se cruzam com a sua obra.

Recordemos então as conversas vadias :
Conversas Vadias, CD1, Entrevista com Joaquim Letria.
Instruir,Educar,Reformados,Camões e Pessoa "Deve-se fazer uma grande diferença entre Instruir e Educar. Instruir é um parente do verbo construir...
Em homenagem aos nossos ilustres reformados vejam este vídeo. E não se esqueçam de vadiar, sobretudo, contra o governo...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A debandada.Um caso paradigmático de mal-estar docente.



Para percebermos o grau de satisfação docente com o estilo de liderança e com as condições de trabalho de uma escola/agrupamento, basta verificarmos o elevado número de professores efectivos, e, pertencentes ao quadro de escola/agrupamento que mudam para outra, outras escolas, à procura de melhores condições de trabalho e gestão. A PAN é um exemplo paradigmático desse mal-estar docente, é histórico o número de docentes do quadro que a vão deixar, na sua maioria insatisfeitos e, de algum modo, frustrados com as condições de trabalho. Não conheço os números exactos, mas são muitos, infelizmente muitos, bons profissionais e bons colegas. Há departamentos em que a maioria dos seus membros, entre professores do quadro e contratados sai. Isto deveria ser motivo de reflexão, digo mesmo, de indignação. Quando uma escola/agrupamento perde bons e dedicados profissionais ninguém pode ficar contente.
Os contratados, lamentavelmente, sairão por motivos mais graves, para já, por ausência de colocação. A larga maioria será contratada de novo, numa outra escola, assim o espero. Contratados, porque é isso que interessa ao M.E. proletarizar, para dominar e às vezes humilhar.
É com pena, com muita pena, que me despeço de muitos deles, desejo-lhes as maiores felicidades, a maior sorte do mundo, nesta profissão dura e cada vez mais de luta. Que nunca se conformem, que nunca desistam.
E, os que ficam? Ah! Os que ficam, a maioria, a larga maioria, são os eternos e “irredutíveis gauleses”, os que resistem sempre, pedagogicamente falando e não só. Fazem falta, muita falta, são imprescindíveis.
P.S.
Falei da PAN porque é a situação que conheço melhor, de certeza que haverá, infelizmente, outras situações iguais ou piores. Mas é isto, foi isto, que os Metralhas da educação com o Socranete à cabeça semearam nas nossas escolas. Resistiremos!
Para todos vós, com o agradecimento à Lígia Moreira e ao "interactic 2.0", que "revelou" o vídeo, deixo o poema de Fernando Pessoa : SONHAR, na bela voz de Maria Bethânia.
"SONHAR,LUTAR,VENCER,VOAR,TOCAR. Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz?"


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