E pur si muove !
De acordo com o decreto-lei 75/2008, o Conselho Geral é o
órgão de topo da administração e gestão dos agrupamentos e escolas não
agrupadas. No mesmo decreto – lei, artigo 11º, nº1, refere-se o seguinte:
" O conselho geral é o órgão de direcção estratégica
responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade da escola,
assegurando a participação e representação da comunidade educativa, nos termos
e para os efeitos do n.º 4 do artigo 48.º da Lei de Bases do Sistema Educativo.
Das suas competências,
artigo 13º, do decreto citado anteriormente, destacam-se: a eleição
do director e o “ acompanhar a acção dos demais órgãos de administração e
gestão."
As competências enunciadas são suficientemente esclarecedoras
para percebermos a importância estratégica (muitas vezes, menosprezada) deste
órgão. Por isso, a apresentação de listas a este Conselho, não pode, não deve
ser vista como um ritual, como o cumprir de mais uma tarefa, ou como um simples
desejo de estar presente. Concorrer ao Conselho Geral implica estar consciente
da sua missão, ter ideias claras sobre o que se quer ou não quer para o
agrupamento ou escola; impõe sair da zona de conforto pessoal e correr riscos
de, sempre que for caso disso, discordar sem medo do poder ou dos poderes, impõe
espíritos livres, capazes de pensar e decidir sem qualquer constrangimento,
muito menos sujeitarem-se a qualquer tipo de coação. Só homens e mulheres desta
estirpe dão garantia de que é possível, mesmo nas actuais circunstâncias,
construir uma escola, um agrupamento de Rosto
Humano, onde o Respeito pela Dignidade
Pessoal e Profissional dos Professores será algo tão natural como o ar que
respiramos.
Por estes dias, estão a decorrer as eleições para o Conselho
Geral Transitório do agrupamento a que pertenço (agora mega). Com muita honra
integro uma lista que, definiu clara e objetivamente as suas consignas, os seus
princípios, deixou muito claro ao que vem e o que quer. São mulheres e homens
que já provaram possuir no seu ADN os valores e o carácter que referi nos
parágrafos anteriores.
É verdade que existem noutras listas colegas que merecem todo
o respeito pessoal e profissional, amigos que respeito e admiro, partilham
connosco ideias e valores, por distração, por falta de tempo, por razões que
não importa agora, não pudemos concertar estratégias, sabemos que podemos
contar com eles, isso é o mais importante. Mas, nas actuais circunstâncias, no
tempo e momento que vivemos e viveremos, no agrupamento, precisamos de decidir
sem medo, em consciência, sem restrições ou vazios de política educativa, para
isso, é fundamental votar lista B!
Dar força aos princípios e valores que defende, reforçar
massivamente e significativamente, a ideia de que queremos um agrupamento de Rosto Humano.