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Foto : L. Sérgio |
Desmascarar a fraude.
"Ninguém se banha duas vezes na àgua do
mesmo rio".
Heráclito
A história já tem
“barbas”.
Em junho de 2008, numa “ Carta Aberta à
Comunidade Educativa do Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro”, assinada pelos
três Vice-Presidentes do Conselho Executivo, estava tudo.
Já nessa altura
se considerava fundamental:
“o trabalho de equipa mas, para isso é
necessário existir o debate livre das diversas concepções, o confronto de
ideias, o espírito democrático e crítico, a partilha das decisões, princípios
que foram sendo cada vez mais difíceis de concretizar.”
Carta à
comunidade educativa
Como pessoas de
bem, acreditavam os três Vice-Presidentes, no momento da eleição:
“(…) que, em equipa,
seria possível construir uma escola com base na justiça e imparcialidade, competência, responsabilidade,
proporcionalidade, transparência e boa fé.”
Carta à comunidade educativa.
Destruídos os sonhos, desenganados pelos factos e pela terrível
realidade, tomaram a única atitude que pessoas de princípios democráticos e de carácter
devem tomar nestas alturas: demitir-se, denunciar a situação e deixar aos
órgãos próprios e à restante comunidade espaço de atuação.
“Decidimos por
isso, manifestar a nossa indisponibilidade para continuarmos a exercer as
funções para as quais fomos eleitos. As razões que nos assistem, têm como base
divergências profundas com o Ex.mo Sr. Presidente do Conselho Executivo, nos
domínios ético, pedagógico e profissional.”
Carta à
comunidade educativa
Como foi
possível a recondução do sujeito bem determinado que provocou toda esta
situação, é algo que ainda não está bem esclarecido. Pois, ao invés de se
decretar uma auditoria às atitudes e comportamentos; denunciar o caso à IGE;
marcar novas eleições e deixar que a comunidade se pronunciasse. A assembleia do
agrupamento assustada talvez com o aproximar do final do ano letivo, numa votação por braço no ar, aprova a
recondução com nova equipa. Esqueceu-se que o Conselho Executivo fora eleito
com 4 elementos, 3 saíram e foi como se nada acontecesse. O sujeito bem
determinado continuou a sua sanha persecutória contra todos os que se lhe
opunham, incluindo, mais tarde, o autor destas linhas, quando regressou à escola.
Pelo caminho ficou entretanto a sua recondução no novo cargo de diretor, num
modelo, agora concursal, sem participação direta de professores e funcionários
do agrupamento.
É suposto o
homem aprender com os erros, estejamos vigilantes para que o que falhou no
passado não se repita. E de uma vez por todas, todos e todas percam o medo e
ousem denunciar tudo o que sofreram, tudo o que viram e sentiram. Investigue-se tudo, audite-se o que tiver de ser auditado,
mas que nenhum homem ou mulher de bem fique indiferente. Faça- se justiça!