domingo, 31 de maio de 2009

No coração da escola - parte 2

Inspirando-se nos velhos Samurais o meu avô ensinou-me que :“Devemos resistir quando é mais difícil resistir”.
No coração da escola
, a escola a partir de quem a sente, nela vive, transpira e desespera por uma educação melhor.
Num momento em que se fecham as portas da democracia na escola e, temporariamente, se suspende a participação dos professores nas decisões, precisamos de resistir, temos de dar voz ao nosso descontentamento.
É necessário continuar a debater, pensar a escola por dentro, ouvindo e respeitando o que vem de fora, mas contrariando essa ideia peregrina de que quem está na sala de aula só executa, já não pensa.
Neste lodaçal de interesses em que se transformou a educação em Portugal, está na moda falar de escola e ensino sem os professores. É do senso comum que não há escola sem alunos, omitindo outra verdade : Só há projectos no espaço educativo, se existirem professores. E os projectos só têm sentido se neles participarem, sobretudo, ao nível da decisão, quem fica e está na escola em permanência.
A escola não é um mero destino, é antes de tudo o mais, um espaço de reflexão, acção, lugar de desenvolvimento e aprendizagem, também ao nível da cidadania e esta não se aprende, pratica-se. Hoje, aqui e agora, a CIDADANIA impõe-se-nos como um imperativo ético de acção.
Recentemente, acompanhei como candidato o processo de candidatura a Director .Pela sua importância e pelo significou do afastamento de quem está na escola das decisões, em próximos posts reflectirei sobre esta experiência e do lado oculto, para a maioria , das “peripécias” desta aventura.
Para já, importa agradecer a todos que me apoiaram e incentivaram. Independentemente dos resultados, estou de consciência tranquila : defendi ideias; Uma Liderança Democrática; Uma concepção de Escola Democrática ,Pública, de Qualidade e Verdadeiro Sucesso em oposição à escola ATL que nos querem impor.

1 comentário:

  1. Caro Luís,
    cá estarei para acompanhar as reflexões e poder dar eventuais (modestos) contributos. Sou professor, e com muito orgulho. Luto por uma escola melhor, e com muito orgulho. Estou desiludido e de alguma forma com pouca esperança... é verdade! Mas com a força e a união de todos (ou pelo menos da maioria) poderemos fazer a diferença que está a faltar...
    Estive novamente na rua, no passado Sábado... e novamente me orgulhei e pensei: "Estive(mos) novamente cá...
    Conta comigo, com a discrição e com o politicamente correcto que sabes que me caracteriza.
    Um abraço forte.

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