quinta-feira, 9 de julho de 2009

A debandada.Um caso paradigmático de mal-estar docente.



Para percebermos o grau de satisfação docente com o estilo de liderança e com as condições de trabalho de uma escola/agrupamento, basta verificarmos o elevado número de professores efectivos, e, pertencentes ao quadro de escola/agrupamento que mudam para outra, outras escolas, à procura de melhores condições de trabalho e gestão. A PAN é um exemplo paradigmático desse mal-estar docente, é histórico o número de docentes do quadro que a vão deixar, na sua maioria insatisfeitos e, de algum modo, frustrados com as condições de trabalho. Não conheço os números exactos, mas são muitos, infelizmente muitos, bons profissionais e bons colegas. Há departamentos em que a maioria dos seus membros, entre professores do quadro e contratados sai. Isto deveria ser motivo de reflexão, digo mesmo, de indignação. Quando uma escola/agrupamento perde bons e dedicados profissionais ninguém pode ficar contente.
Os contratados, lamentavelmente, sairão por motivos mais graves, para já, por ausência de colocação. A larga maioria será contratada de novo, numa outra escola, assim o espero. Contratados, porque é isso que interessa ao M.E. proletarizar, para dominar e às vezes humilhar.
É com pena, com muita pena, que me despeço de muitos deles, desejo-lhes as maiores felicidades, a maior sorte do mundo, nesta profissão dura e cada vez mais de luta. Que nunca se conformem, que nunca desistam.
E, os que ficam? Ah! Os que ficam, a maioria, a larga maioria, são os eternos e “irredutíveis gauleses”, os que resistem sempre, pedagogicamente falando e não só. Fazem falta, muita falta, são imprescindíveis.
P.S.
Falei da PAN porque é a situação que conheço melhor, de certeza que haverá, infelizmente, outras situações iguais ou piores. Mas é isto, foi isto, que os Metralhas da educação com o Socranete à cabeça semearam nas nossas escolas. Resistiremos!
Para todos vós, com o agradecimento à Lígia Moreira e ao "interactic 2.0", que "revelou" o vídeo, deixo o poema de Fernando Pessoa : SONHAR, na bela voz de Maria Bethânia.
"SONHAR,LUTAR,VENCER,VOAR,TOCAR. Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz?"


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5 comentários:

  1. Caro Luís,
    é com tristeza que tenho de concordar contigo...
    Acrescentaria ainda a debandada de colegas que pediram e cntinuam a pedir a reforma antecipada, a grande maioria excelentes profissionais, cuja recompensa é a perspectiva de fuga!!!!!
    Sonhar é bom, sonhar é possível...
    Quero acreditar que o(s) meu(nossos) sonho(s) se vai(vão) tornar realidade.

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  2. Sérgio,
    Concordo contigo e com o comentário do colega João. Mas temos de ter muito cuidado com alguns dos que ficam, são os " Simples filhos-da-P... sempre inseridos e a mamar no processo em curso".

    Acreditando no sonho pode ser que em Setembro lhes saia o tiro pela culatra. Acredito e tudo vou fazer para que sim.

    Grande abraço,

    Filipe.

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  3. Ao ler o post do colega Luís pensei que estivesse a descrever a situação da escola Neves Júnior em Faro - pensei que fosse caso único, infelizmente vejo que os pró-nazis encapotados que tiveram neste novo modelo de gestão a porta para expandir as suas vermes competências, são muitos, mais do que seria imaginável, passados 34 anos do derrube da ditadura. Na escola Neves Júnior em Faro a canalha tomou de assalto o poder, com requintes próprios do que são - NAZIS restaurados!!!!


    Mário

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  4. Há ainda a crescentar, aqueles que não sairam da PAN porque, infelizmente, presos ao "cargo" de "titular" (essa coisa que me faz sentir mal!) não puderam concorrer! A debandada seria maior, sem dúvida!
    Abraços,
    Isabel.

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  5. Pois ficaremos alguns, poucos e com uma enorme vontade de dormir o sono profundo da bela adormecida. A " coisa", não Berlosconni, a outra, essa ficará para nos enfernizar o juízo e sobretudo para pavonear a sua incompetência descarada.

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