quarta-feira, 28 de abril de 2010

SONHOS PERDIDOS

SONHOS PERDIDOS

25 DE Abril. Sonho e utopia vencidos. O golpe de 25 de Abril de 1974, contra a vontade dos seus mentores, mas, por determinação popular, trouxe para a rua os sonhos e as utopias de uma sociedade nova: mais justa, mais humana, uma civilização de progresso e cultura para o povo. Trinta e seis (36) anos depois de Abril, o que nos resta?! Pouco ou quase nada, como disse um pensador: “ Retiraram-nos os sonhos”.

A tecnocracia, a globalização capitalista, fomentadora de guerras e fomes, instalou-se de novo no poder, de onde praticamente nunca saiu. Os direitos dos trabalhadores e dos cidadãos em geral (basta ver o que se passa na educação), um por um, são destruídos pelas aves de rapina que dominam o mundo e que estendem os seus tentáculos até Portugal.

Em nome do “socialismo moderno”, os portugueses elegeram, nos últimos anos, para o poder um partido que só tem defendido os interesses do grande capital europeu e atacado sem dó nem piedade o que vai restando dos direitos dos trabalhadores e de cidadania. Apoiando-se numa parte significativa da comunicação dita social vai formatando e fazendo lavagens ao cérebro de alguns cidadãos incautos, amorfos e indiferentes.

Temos direito ao sonho e à sua concretização. Precisamos de voltar a sonhar. Merecemos uma vida melhor e melhores dirigentes. É preciso resistir, dizer não a esta política do SOCRATEX ALDRABEX, é urgente recuperar os sonhos, as utopias, tomar o mundo nas nossas mãos, correr do poder os serventuários do capital europeu.

Digamos não à formatação, às injustiças de toda a ordem e espécie, aos poderes discricionários, aos avençados do poder. Pensemos pela própria cabeça. Resistamos à exploração e à humilhação.

Não aceitemos qualquer caminho. É preciso lutar, sem luta nada se alcança. Por maior que seja a desgraça. Por pior que seja a hora, RESISTAM SEMPRE!

Não percam " o grande sonho" de Charlie Chaplin ( que soberba interpretação), no trecho do filme O GRANDE DITADOR, de 1940.

5 comentários:

  1. Amigo Luís Sérgio:

    Os sonhos não estão perdidos, pois ninguém nos pode retirar a nossa capacidade de sonhar e de criar... penso que estão apenas adiados!

    E como disse recentemente um pulhítico, quando os de cima não querem e os de baixo não podem... aí está a questão, a falsa questão!

    É que mesmo que os de cima não queiram, os de baixo podem - é só unirem-se e continuarem a lutar pelo sonho, pois o sonho comanda a vida (onde é que eu já ouvi isto?).

    Formatação e uniformização significam campos de exploração. Injustiças e erros sempre os há-de haver, mas o melhor não é "não errar", mas "errar pouco" e que mesmo esse erro sirva para ser corrigido. E nós, Professores, podemos corrigir vários erros (não só os dos miúdos, mas os dos graúdos também). Como disse o filósofo, não interessa as vezes que caímos, mas sim as que nos levantamos.

    Todos temos cérebro e devemos utilizá-lo! Concordo contigo!

    Não esperemos aquela resposta de Enstein quando lhe perguntaram que arma seria usada na 3ª guerra mundial: "Na terceira não sei, mas na quarta será o arco e a flecha!".

    Resistirmos à exploração e à humilhação será uma forma de concretizarmos os nossos sonhos.

    Façamo-lo pois!

    Grande abraço

    Armando Inocentes

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  2. Os sonhos não se podem perder nem se devem perder, podem-se é adiar....é verdade.
    Os sonhos não se devem perder, podem morrer connosco sim, é possível, mas enquanto estivermos vivos não se devem perder....

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  3. Caro Luís,
    mais uma vez nos brindas com a tua reflexão. Mais uma vez partilho da mesma. Concordo em pleno com a introdução do Armando: "Os sonhos não estão perdidos, pois ninguém nos pode retirar a nossa capacidade de sonhar e de criar... penso que estão apenas adiados!".
    Cabe-nos decidir se lutamos ou não para os concretizarmos.
    Um abraço enorme para ti e para todos os colegas que contigo (connosco) partilham estes ideiais.

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  4. Sérgio !
    Mais uma reflexão pertinente e actual. Da maneira que se encontra esta democracia de opereta precisamos de um verdadeiro 25 de Abril, uma revolução a sério. Sonhar precisa-se cada vez mais, sonhar é urgente. Concordo que os sonhos não estão perdidos,adiados sim, mas prontos para regressar.
    Grande abraço,

    Filipe

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  5. Caro Luís Sérgio !

    Gostei da reflexão e, sobretudo, do apelo ao sonho à resistência, é verdade, os sonhos não morrem, podem andar desorientados, perdidos, adiados, mas resistem e virão à tona quando menos se espera.

    mais uma vez, obrigado!

    Bj.
    professora

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