
Até quando ?
" O povo tem que sofrer as crises como o governo as sofre"
Almeida Santos, Presidente do PS, a propósito do PREC III
Lembram-se do deputado que dizia, “que era preciso remunerar melhor os detentores de cargos públicos”, a começar pelos senhores deputados, pois a personagem é a mesma. De “pobrezinho” passou a provocador. Inspirada em Fernando Pessoa, eis a minha resposta a este e todos os responsáveis pela crise.
Até quando ?
O senhor Almeida
é um provocador
provoca tão indecentemente
que até faz dor.
O senhor Santos
Não tem prantos
A dor dos outros achincalha
E provoca tão indecorosamente
Que até parece dor de canalha.
Nas calhas da irracional dor
duma crise burguesa,
O povo com razão
diz ao Almeida:
O Governo se sofre,
Vá-se embora!
A todo o vapor!
Largue o poder.
E presta-nos um grande favor.
A crise pague-a
quem sem pudor
sem vergonha
chafurdou
mamou
engordou
na gamela do poder.
E o governo sofre
Com a crise.
Aí sofre…
A dor do governo
É dor fingida
É a dor dos Almeidas.
A dor verdadeira,
A sentida,
Está no povo
Que diz ao governo dos almeidas:
Vai-te embora!
Já não há vergonha
na fingida dor
dos responsáveis pela verdadeira dor.
O seu fingimento é provocação
O seu fingimento é barriga cheia
O seu fingimento é corrupção
O seu fingimento é uma poderosa teia
O seu fingimento é humilhação
da dor sentida,
verdadeira, a do povo,
que sofre sem razão.
O seu fingimento é provocação,
Oh, até quando abusarão
Da nossa paciência.
Até quando?
Até quando?
Até quando, aguentará a dor real?
E, quando se transformará
Em raiva,
Em consciência,
Em revolta,
Duma razão sem dor,
toda a força da razão
que calará o provocador.