sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Por uma gestão escolar democrática. SOLIDARIEDADE .

Foto : Luís Sérgio. Exército de Terracota. Guerreiros de Xian.

Quem não vê bem
Uma palavra
Não pode ver bem
Uma alma!

Fernando Pessoa
Foram muitos os colegas e amigos que das mais variadas formas me manifestaram a sua solidariedade e disponibilidade. A todos agradeço, da forma mais sentida e leal.
Todos me tocaram, mas há um, que me emocionou mais, que senti de forma diferente não só pelas palavras, mas, sobretudo, por vir de um colega, com quem aprendi muito e por ser inspirador para mim e  muitos professores da PAN. Com o José Luís, “O Mestre”, como lhe chamavam carinhosa e respeitosamente alguns colegas e alunos, aprendemos o lado positivo da vida, a enfrentar problemas e a resolvê-los de forma expedita e com sucesso. As suas palavras” mexeram comigo”, por isso, depois de devidamente autorizado aqui ficam:

Caro amigo Luís Sérgio!
   Tive o privilégio de trabalhar contigo num dos projectos mais inovadores para a gestão da disciplina e da reintegração na Escola portuguesa - o AGIR. Se bem me lembro o nosso lema era: agir sim, reagir não!
  A memória recordar-me que pensaste, implementaste e, por um novo ciclo da tua vida profissional, acompanhaste sem poder liderar a sua implementação. Durante o período em que fiz parte do projecto sempre senti da tua parte solidariedade, lealdade e dedicação ao labor dos teus colegas que ficaram.
            Quero reafirmar que o teu espírito de missão à causa do ensino está em mim como referência daquilo que a Escola deve criar no seu seio para melhor cumprir os objectivos de integridade, responsabilidade e legalidade. Lamento que um profissional com o teu currículo, forjado no dia-a-dia de uma Escola a resvalar para o insucesso, esteja a sofrer as consequências pela sua frontalidade.
            Orgulho-me de ser português. Mas também conheço um pouco da nossa história para saber quão mesquinha, medíocre e hipócrita se apresenta a sociedade portuguesa. Pela manutenção de um estado falido e decadente cumprem-se rituais no dobrar a espinha ao direito cívico de falar direito daquilo que se entende por nefasto ao desenvolvimento de saudáveis relacionamentos.
            Uma proposta concreta gostaria de fazer. Reunir um grupo de pessoas de bem para falar sobre o respeito e consideração que merecem os amigos que se estimam e consideram.
            Acabei na última semana mais um ciclo da minha vida profissional com a saída dos corpos sociais da AGAP. Não basta saber entrar, fundamental é saber sair. Deixar legado para a instituição evoluir com as pessoas certas para as funções que foram eleitas. Estou à tua disposição para aquilo que achares oportuno fazer! 
            Um abraço da Lurdes e do José Luís.

6 comentários:

  1. Pensava que conhecia bem a escola... foste tu que tiveste a iniciativa do AGIR? Sempre o associei a outros colegas!

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    1. Pois é, caro David !
      A verdadeira História, não só dos países, como das organizações faz muita falta. Para quem se aproveita do trabalho dos outros dá jeito apagar a memória. Comer os frutos da árvore é fácil, semeá-la e cuidar dela enquanto jovem é mais difícil.
      Abraço,
      Luís Sérgio

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  2. Há pessoas que trabalham sem necessitar de louros ou de protagonismos...

    Estas, quando abraçam uma causa, não vão atrás do poder nem se servem dessa causa: SERVEM-NA!

    Tive a oportunidade de ir trocando breves impressões com o Luís Sérgio de tempos a tempos sobre a escola (que escola?) e nos últimos tempos constatei a solidariedade de muitos colegas para com ele. O Luís merece!

    E se olharmos ali para o lado direito, onde diz "Membros (50)", antes do Luís denunciar esta situação estava lá o número 46... indicador de algo!

    Grande abraço Luís Sérgio!

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  3. Palavras MERECIDAS.
    Um renovado grande abraço.

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