domingo, 20 de maio de 2012

Por uma Gestão Escolar Democrática – Parte 4.

Foto : L. Sérgio


Desmascarar a fraude.

"Ninguém se banha duas vezes na àgua do mesmo rio".

Heráclito



A história já tem “barbas”.

 Em junho de 2008, numa “ Carta Aberta à Comunidade Educativa do Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro”, assinada pelos três Vice-Presidentes do Conselho Executivo, estava tudo.

Já nessa altura se considerava fundamental:

 “o trabalho de equipa mas, para isso é necessário existir o debate livre das diversas concepções, o confronto de ideias, o espírito democrático e crítico, a partilha das decisões, princípios que foram sendo cada vez mais difíceis de concretizar.”

Carta à comunidade educativa


Como pessoas de bem, acreditavam os três Vice-Presidentes, no momento da eleição:

“(…) que, em equipa, seria possível construir uma escola com base na justiça e imparcialidade, competência, responsabilidade, proporcionalidade, transparência e boa fé.”

Carta à comunidade educativa.


Destruídos os sonhos, desenganados pelos factos e pela terrível realidade, tomaram a única atitude que pessoas de princípios democráticos e de carácter devem tomar nestas alturas: demitir-se, denunciar a situação e deixar aos órgãos próprios e à restante comunidade espaço de atuação.


Decidimos por isso, manifestar a nossa indisponibilidade para continuarmos a exercer as funções para as quais fomos eleitos. As razões que nos assistem, têm como base divergências profundas com o Ex.mo Sr. Presidente do Conselho Executivo, nos domínios ético, pedagógico e profissional.”

Carta à comunidade educativa


Como foi possível a recondução do sujeito bem determinado que provocou toda esta situação, é algo que ainda não está bem esclarecido. Pois, ao invés de se decretar uma auditoria às atitudes e comportamentos; denunciar o caso à IGE; marcar novas eleições e deixar que a comunidade se pronunciasse. A assembleia do agrupamento assustada talvez com o aproximar do final do ano letivo, numa votação por braço no ar, aprova a recondução com nova equipa. Esqueceu-se que o Conselho Executivo fora eleito com 4 elementos, 3 saíram e foi como se nada acontecesse. O sujeito bem determinado continuou a sua sanha persecutória contra todos os que se lhe opunham, incluindo, mais tarde, o autor destas linhas, quando regressou à escola. Pelo caminho ficou entretanto a sua recondução no novo cargo de diretor, num modelo, agora concursal, sem participação direta de professores e funcionários do agrupamento.

É suposto o homem aprender com os erros, estejamos vigilantes para que o que falhou no passado não se repita. E de uma vez por todas, todos e todas percam o medo e ousem denunciar tudo o que sofreram, tudo o que viram e sentiram. Investigue-se tudo, audite-se o que tiver de ser auditado, mas que nenhum homem ou mulher de bem fique indiferente. Faça- se justiça!





3 comentários:

  1. Caro Luís Sérgio:

    Onde é que eu já vi isto?

    1º - lutar, denunciar, desmascarar...
    2º - sentir-se impotente contra o sistema...
    3º - demitir-se...
    4º - ficar tudo na mesma apesar dos alertas...
    5º - haver eleições e ficar lá a mesma pessoa...
    6º - apesar das competências reconhecidas por todos, ser marginalizado pelo "poder"...

    Tu sabes, eu sei que tu sabes...

    Grande abraço de solidariedade.

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  2. Companheiro, grande amigo !
    Se bem te conheço , isto é um bom sinal, algo me diz que a besta está por um fio. Se necessário for ,desço à cidade e eu próprio dou um tesourada no baraço que segura tal espécie, mas confio que não seja preciso. Como dizes e muito bem :" Investigue-se tudo, audite-se o que tiver de ser auditado. Faça-se justiça !" REpito FAÇA-SE JUSTIÇA !

    Grande abraço de solidariedade e amizade,
    Filipe
    PS.
    A ideia do cajado não está posta de parte ...

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  3. Pelo que sei não é so falta de democracia. Alguém chame a judicária para investigar. Vai ser bonito vai...E depois não digam que ninguém avisou.

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