sábado, 18 de outubro de 2014

CRÓNICAS De Dias de desespero


Um livro de memória,  escrever na pedra, registar no mármore  as crónicas do Público. O grito sábio de análise e revolta fica para a História, mas , sobretudo, para uma necessária História do presente e do futuro a construir. Persistência tenaz contra este poderoso e prolongado vórtice de degradação da Escola  Pública”, como escreve no prefácio o Luís Costa, merecem uma (re)leitura e análise atenta. Pois, se os dirigentes políticos que nos desgovernam utilizam a palavra, cada vez mais, para nos tentar ludibriar e enfraquecer na nossa capacidade  de luta, Santana Castilho mostra que a palavra, toda a palavra pode ser verdadeira, certeira e violenta contra a mentira , contra a acefalia e contra a dormência doentia e preocupante de quantos insistem em destruir as nossas vidas.
Mesmo para aqueles que nem sempre concordam com o professor Santana a sua  escrita apela ao pensamento, implica e convoca a reflexão e, em tempos de desespero, convocar a serenidade intelectual de livres pensadores será um registo de valor maior.
Na verdade, estamos perante um livro de caracteres  verdadeiros e de carácter. Como o próprio diz na introdução :
“ O livro perdura, vence o tempo e permite uma leitura conjunta do que foi atirado ao vento, momento a momento. Penso que há tempos que, para não serem esquecidos, porque não devem ser esquecidos, justificam que se fixe em livro o que se escreveu para jornal.
 É o caso dos últimos três anos, de massacre, cometido em nome de uma obrigação de Estado: pagar a dívida pública. Custasse o que custasse. Sem importarem os meios. Como se alguma moral justificasse que o pagamento da dívida pública prefira a outros deveres de um estado humano e civilizado (…) São farrapos de resistência, palavra em riste apontada aos desalmados,  estas crónicas de dias de desespero.”

LEIAM !

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