domingo, 30 de novembro de 2014

O Homem e as suas circunstâncias.




Maus tratos/ Violência ( Bullying)na Escola – Uma questão de organização. Texto 3

O Homem e as suas circunstâncias.
A trovoada aproxima-se e, agora, que fazer? (Assim terminava o texto 2)

Partir o vaso? Mudar de vaso? Lançar uns pozinhos à água para evitar a contaminação? Que fazer, então?!
Há muito para fazer a e a tarefa não é nada fácil.
Em primeiro lugar, temos de partir o vaso, mudar de vaso, necessitamos como disse recentemente numa conferência o professor José Pacheco – Fundador da Escola da Ponte –:

“ Rever o paradigma de escola, as escolas são pessoas e as pessoas são valores”.
A escola que temos é a escola da desumanização, a escola da anarquia selectiva, a escola da não pessoa e do não professor, a escola do vazio cultural e hedonista que nem ensina nem educa.

            Professores, funcionários das escolas, pais e alunos têm de se unir e lutar por uma Escola Nova, uma Escola Pública Democrática assente numa concepção de humanidade e justiça, em que liberdade implica para todos e cada um igualdade e reciprocidade. Urge construir uma escola com seres capazes de agir e pensar respeitando os outros e tudo e o todo que é de todos. Precisamos de abolir  das nossas escolas o hedonismo do eu que se sobrepõe a todos e tudo.

É um vasto e difícil programa, repito, mas, enquanto tal não é possível, e sem perdermos de vista o que referi atrás, tendo em mãos um problema grave, no imediato há que enfrentá-lo, por isso, deixo-vos com algumas ideias que me parecem importantes:

  - Alertar, sensibilizar todos, evitar o silenciamento e negação do que nesta matéria se vai passando nas escolas.

  - Envolver professores, pais, funcionários, direcções das escolas, alunos e comunidades é fundamental para exterminar o problema.
 - Ensinar /educar para os valores
- Ensinar, educar e formar para a diferença.
 - Ensinar/formar para a não-violência e para a mediação de conflitos todos os que participam na vida da escola.
 -Ensinar e formar para os uso correcto e responsável da internet e das redes sociais.
 - Fazer formação e aconselhamentos contínuos. Todos devem saber como identificar os sinais de aviso e compreender os princípios que os sustentam.
- Acesso fácil aos técnicos e especialistas.
-Estar atento, muito atento e denunciar toda e qualquer tentativa de maus tratos pedindo ajuda ou actuando se tal estiver ao nosso alcance.
Bem sei, que ao  ministério da deseducação deveríamos responder: “Olho por olho, dente por dente.” Mas, como hoje não vos quero falar do agressor, prefiro terminar com optimismo. Com toda a razão, alguns afirmam que, um Homem é sempre o Homem e as suas circunstâncias,” então é preciso alterar humanamente as circunstâncias, para ser verdade:
 “Não fazer ao outro aquilo que não queremos que nos façam a nós!”
Reportagem vídeo do painel em que participei. (Por razões técnicas a minha intervenção não ficou toda, mas vale a pena ver e ouvir com atenção todas as intervenções):

 
Um em cada três adolescentes é vítima de bullying na escola, revela um estudo da Unicef sobre violência contra crianças. CLICAR AQUI !


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