quarta-feira, 18 de julho de 2012

Um ministro bárbaro.

Foto : Luís Sérgio



Para ler, refletir e agir!
Uma classe zombie e um ministro bárbaro”, é este o título da excelente crónica do professor Santana Castilho, publicada hoje no jornal “Público”. O professor denuncia os meandros criminosos do maior despedimento público alguma vez visto em Portugal. Os professores não podem pagar uma dívida que não contraíram e, devem desde já, exigir o derrube do ministro “mata-professores” e do governo de ladrões que o acolhe. Vamos à luta que se faz tarde!

“ Numa sexta-feira, 13, a tampa de um enorme esgoto foi aberta ante a complacência de uma classe que parece morta em vida. Nuno Crato exigiu e ameaçou: até 13 de Julho, os directores dos agrupamentos e das escolas que restam tiveram que indicar o número de professores que não irão ter horário no próximo ano-lectivo. Se não indicassem um só docente que pudesse vir a ficar sem serviço, sofreriam sanções. Esta ordem foi ilegítima. Porque as matrículas e a constituição de turmas que delas derivam não estavam concluídas a 13 de Julho. Porque os créditos de horas a atribuir às escolas, em função da deriva burocrática e delirante de Nuno Crato, não eram ainda conhecidos e a responsabilidade não é de mais ninguém senão dele próprio e dos seus ajudantes incompetentes. (…)
Por que foi isto feito? Que sentido tem esta humilhação? Incapacidade grosseira de planeamento? Incompetência? Irresponsabilidade? Perfídia? Que férias vão ter estes professores, depois de um ano-lectivo esgotante? Em que condições anímicas se apresentarão para iniciar o próximo, bem pior? Que motivação os animará, depois de tamanha indignidade de tratamento, depois de terem a prova provada de que Nuno Crato não os olha como Professores mas, tão-só, como reles proletários descartáveis? (…)
Todas as medidas de intervenção no sistema de ensino impostas por Nuno Crato têm um objectivo dominante: reduzir professores e consequentes custos de funcionamento. O aumento do número de alunos por turma fará crescer o insucesso escolar e a indisciplina na sala de aula. Mas despede professores. (…)
Os professores têm a legitimidade profissional de defender os interesses da classe. Digo da classe, que não de cada um dos grupos dentro da classe. E têm a responsabilidade cívica de defender a Escola Pública, constitucionalmente protegida. (…)
há limites para tudo.”
Texto completo (CLICA AQUI !)

1 comentário:

  1. Não foi Passos Coelho que disse, quando tomou posse, que "temos que fazer mais com menos"?
    Ora aí está: reduzir professores e consequentes custos de funcionamento (o menos) fará aumentar o insucesso escolar (o mais)!

    Um abraço!

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