Foto : Luís Sérgio |
Para ler, refletir e agir!
“Uma classe zombie e um ministro bárbaro”, é
este o título da excelente crónica do professor Santana Castilho, publicada
hoje no jornal “Público”. O professor denuncia os meandros criminosos do maior
despedimento público alguma vez visto em Portugal. Os professores não podem
pagar uma dívida que não contraíram e, devem desde já, exigir o derrube do
ministro “mata-professores” e do governo de ladrões que o acolhe. Vamos à luta que se faz tarde!
“ Numa
sexta-feira, 13, a tampa de um enorme esgoto foi aberta ante a complacência de
uma classe que parece morta em vida. Nuno Crato exigiu e ameaçou: até 13 de
Julho, os directores dos agrupamentos e das escolas que restam tiveram que
indicar o número de professores que não irão ter horário no próximo
ano-lectivo. Se não indicassem um só docente que pudesse vir a ficar sem
serviço, sofreriam sanções. Esta ordem foi ilegítima. Porque as matrículas e a
constituição de turmas que delas derivam não estavam concluídas a 13 de Julho.
Porque os créditos de horas a atribuir às escolas, em função da deriva
burocrática e delirante de Nuno Crato, não eram ainda conhecidos e a
responsabilidade não é de mais ninguém senão dele próprio e dos seus ajudantes incompetentes. (…)
Por
que foi isto feito? Que sentido tem esta humilhação? Incapacidade grosseira de
planeamento? Incompetência? Irresponsabilidade? Perfídia? Que férias vão ter
estes professores, depois de um ano-lectivo esgotante? Em que condições
anímicas se apresentarão para iniciar o próximo, bem pior? Que motivação os
animará, depois de tamanha indignidade de tratamento, depois de terem a prova
provada de que Nuno Crato não os olha como Professores mas, tão-só, como reles
proletários descartáveis? (…)
Todas
as medidas de intervenção no sistema de ensino impostas por Nuno Crato têm um
objectivo dominante: reduzir professores e consequentes custos de
funcionamento. O aumento do número de alunos por turma fará crescer o insucesso
escolar e a indisciplina na sala de aula. Mas despede professores. (…)
Os
professores têm a legitimidade profissional de defender os interesses da
classe. Digo da classe, que não de cada um dos grupos dentro da classe. E têm a
responsabilidade cívica de defender a Escola Pública, constitucionalmente
protegida. (…)
há
limites para tudo.”
Texto completo (CLICA AQUI !)
Não foi Passos Coelho que disse, quando tomou posse, que "temos que fazer mais com menos"?
ResponderEliminarOra aí está: reduzir professores e consequentes custos de funcionamento (o menos) fará aumentar o insucesso escolar (o mais)!
Um abraço!