segunda-feira, 8 de julho de 2013

Questões centrais.


Se as Portas se fecham irrevogavelmente ou não, se um palhaço sai ou entra, se quem ganhou foi o Porteiro ou o Coelho? Como entraram e saíram da sala de reuniões, se o governo fica mais forte ou mais fraco. Da ausência de credibilidade, afinal quem é melhor para gerir a austeridade: As Portas irrevogavelmente abertas para o tudo e para o nada; o Coelho amanuense e fiel às florestas alemãs; um Inseguro seguramente ávido de poder seguir as pisadas dos antecessores. Se o milhafre de Belém voa, ou se sobrevoa os despojos dos pós-troica é irrelevante. Relevante, central e absolutamente seguro é não podermos confiar e nem nenhuns destes dependentes do dinheiro da política porque há muito juraram fidelidade aos bancos, ao sistema financeiro e seus confrades. Fielmente assessorados pelos inúmeros e ignaros “Corvos” que diariamente poluem as televisões, gastando horas para nos adormecerem, sem uma novidade, sem uma saída para a crise. Por estes dias, as televisões transformaram-se numa espécie de “ Fungagá da Bicharada”, onde de tantos sons de nada, sai poluição sonora. E das questões centrais, as fundamentais, ninguém quer falar, raros são os que as querem discutir: Pagar ou não pagar a dívida dos bancos e dos banqueiros? Será possível pagar a dívida actual? Quem a paga, com que dinheiro? De que nos serve a Europa? O euro faz-nos falta ou é um empecilho? Parafraseando o que se passou na Islândia: Queremos uma democracia ou um sistema financeiro? Se o povo é soberano por que não o ouvem sobre estas e outras matérias?
Não tenho a ilusão vã de pedir a estes senhores que se demitam, apenas e só conclamo todos os cidadãos, todos os democratas e patriotas deste país, a unirem-se e a lutarem por todas as formas e por todos os meios contra este governo de traidores à pátria.

Se outros conseguiram, nós também conseguiremos, e é na sequência disso que vos sugiro a leitura do livro de Marc-Pierre Dylan : O PAÍS QUE NÃO RESGATOU OS SEUS BANCOS - Como a Islândia está a superar a crise sem ficar refém do sistema financeiro.


No momento em que o mundo assiste a uma das mais graves crises económicas e sociais, um país com pouco mais de 310 000 habitantes mostrou às potências europeias como a soberania popular ainda é a verdadeira força da mudança. Saindo às ruas, os seus cidadãos lutaram pelos seus direitos e por se fazerem ouvir, negando-se a aceitar as decisões governamentais. Criaram toda uma forma de enfrentar a vida e a política.
Ólafur Ragnar Grímmsson, atual presidente da Islândia, afirmou: “ As condições de pagamento da dívida são muito injustas, os islandeses vão ter de carregar com uma dívida que são os bancos que têm o dever de assumir”. E depois convocou um referendo em que os islandeses escolheram por esmagadora maioria o “não” ao pagamento da dívida. Grímsson disse ainda: A Islândia é uma democracia, não um sistema financeiro!”
Por tudo isto, o futuro da Islândia é sem dúvida diferente do dos restantes países da Europa. O povo saiu à rua para reclamar a soberania que lhe tinha sido arrebatada por interesses partidários e empresariais.
Este movimento do povo islandês ficou conhecido como A “Revolução Silenciosa”. Graças a ela, agora são os cidadãos que comandam o seu destino e os políticos articulam organicamente os desejos da maioria e não o contrário.”
 

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